"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 5 de outubro de 2013

Palácio das Necessidades

A Open House deste ano deu-me oportunidade de visitar, finalmente, o Palácio das Necessidades.
A expectativa era elevada.
No final, estou como o Sérgio Godinho
"Hoje soube-me a tanto
portanto
hoje soube-me a pouco"

As limitações de acesso aos espaços são muitas, na medida em que no seu interior funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Resultado: a parte do convento, onde funcionou o colégio da Congregação dos Oratórios e se reuniram as Cortes Constituintes de 1821, ficou por ver.
As salas do palácio, mandado construir por D. João V, em 1742, e valorizado pelas intervenções de D. Fernando II, são de grande beleza e riqueza. Mas muitas terão ficado por ver.
A visita foi muito mal guiada - aliás, no início, a guia anunciou logo que não era guia - e "as coisas" ficaram piores.
Não vou culpar a não-guia, em trabalho voluntário, mas... A organização do muito louvável evento não poderia ter arranjado alguém que tivesse conhecimentos sobre o palácio e soubesse orientar a visita?

Depois da experiência do ano passado, em que tive visitas muito bem guiadas, a minha primeira visita às Necessidades - espero voltar - revelou-se frustrante.
E nem fotografias do interior pudemos fazer. Sempre seria uma compensaçãozinha.




P.S. - Provavelmente, foi por vingança dos monárquicos que a visita decorreu assim: estamos a 5 de Outubro e D. Manuel II teve de fugir deste palácio, fez 103 anos, para se exilar.


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