«Às vezes ponho-me a imaginar com que frequência Nuno Crato se arrepende de ter aceitado ir para dentro do zoo, perdão, para a arena, perdão, para a tutela que trata das escolas. Pergunto-me se não bate no peito e na cabeça, protestando que bem melhor seria ficar em casa, não a cuidar da educação dos filhos, mas a preparar-se para a dos netos. Quantas vezes se lamentará para consigo: "Eu não tenho nada a ver com este universo!" (...)
Porque, verdade se diga, foi em muito má altura que nomearam para ministro da Educação um matemático. Dado o jeito em que está o país, os portugueses hoje não precisam de saber contar. Têm é de habituar-se a sério, e de aprender, a descontar.»
Onésimo Teotónio Almeida, Diacrónicas - Contas de sumir, Ler, Outubro de 2011
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