A caminhada do medo, uma das últimas obras de Graça Morais (2011) "Foi um trabalho que me saiu das tripas, a minha forma de reagir a tudo que de negativo hoje se passa" |
O prémio homenageia, segundo o júri, “a obra de uma artista que ao longo do tempo construiu uma carreira que a consagra como uma das maiores pintoras contemporâneas. Uma mulher cujo universo cruza a herança do mundo rural, que assume a condição da mulher e da natureza na intuição ligada aos sentimentos e às emoções. (...) [na sua obra] as mulheres são a terra, a razão e a origem do mundo. A sua aldeia, à qual sempre regressa, dá-lhe a memória e as vivências para construir esse mundo de um imaginário de hábitos e costumes que povoam a sua existência, entre o sagrado e o profano, entre o amor e a morte, entre o animal e o humano.”
Graça Morais tem, a partir de hoje, uma exposição na Cooperativa Árvore (Porto), intitulada A caminhada do medo, conjunto de 40 trabalhos já deste ano “que tem a ver com os tempos dramáticos que vivemos, com o mundo que nos cerca e o meu quotidiano.”
Também de Graça Morais, na Galeria Ratton, em Lisboa, está a exposição Tempo de cerejas e papoilas. Trás-os-Montes 2011.
Ainda bem que há quem nos ajuda a viver, a ver a vida por outro prisma que não o do miserabilismo da impotência transformada em prepotência.
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