Ao editar um novo livro, O ensino passado a limpo, Santana Castilho convidou Pedro Passos Coelho para prefaciar a obra.
Nesse prefácio pode ler-se:
«O Ensino Passado a Limpo é assumidamente um contributo público para um novo programa de actuação política no domínio da Educação. (...)
Aqui se procura, com grande pragmatismo mas sem perda de um sólido quadro de referência programática, apontar orientações e soluções susceptíveis de serem incorporadas num programa de acção política governativa.»
Na passada 5.ª feira, no lançamento do livro, em que Pedro Passos Coelho esteve presente, Santana Castilho afirmou:
«Foram as primeiras palavras que me cativaram em si. Foi o senhor dizer "Eu não quero desconfiar dos professores, eu tenho que confiar nos professores, o país não se constrói sem os professores". Aquilo que está no programa [do PSD] é desconfiança nos professores, é a continuidade do modelo que os professores rejeitaram, que não serve o sistema.
De facto, não fiquei satisfeito com o que li. E não reconheci coerência entre o que li e o que tem tido a gentileza de me dizer de há um ano para cá.»
Quem é que se enganou?
- Pedro Passos Coelho... porque não compreendeu o que Santana Castilho lhe tem dito e aceitou prefaciar o livro.
- Quem escreveu o programa do PSD... porque não compreendeu as ideias que Pedro Passos Coelho lhe passou para a educação.
- Santana Castilho... porque estava convencido que Pedro Passos Coelho o tinha compreendido e convidou-o para escrever o prefácio.
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