"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Federico Fellini

Em 1997 Caetano Veloso editava Omaggio a Federico e Giulietta. Era o resultado em disco de um espectáculo que tinha sido convidado a fazer em Rimini, em homenagem a Federico Fellini e a Giulietta Masina.
O convite partira da Fondazione Fellini , conhecidas que foram as "declarações de amor" de Caetano Veloso à poesia do cinema de Masina/Fellini.

O cinema, para mim, parou há uns anos. É a vidinha! Ou são opções (e preguiça!), não vale a pena arranjarmos desculpas.
Fellini é daqueles nomes que me ficaram - encantava-me aquele mundo estranho e aquelas personagens que tanto identificam o seu cinema, um belo horrível que lhe enchia a memória e derramava ternura.
Era o tempo da Faculdade, da Cinemateca no Palácio Foz aos Restauradores, a bicha que fazíamos pela calçada acima, paralela às linhas do elevador da Glória, para adquirir por 5$00 os bilhetes para os ciclos de cinema, onde Fellini provocava as maiores filas. Lá tínhamos de faltar às aulas...
Lembro-me de um ciclo dedicado a Fellini, com filmes diferentes à tarde e à noite. E eu, de 2.ª a 6.ª, a ver as várias sessões, para não perder nenhum.

Fellini faria hoje 91 anos.


A primeira música do disco de homenagem de Caetano Veloso - Que não se vê (como tu mi vuoi)

Assim consigo juntar dois artistas de quem gosto muito.

Sem comentários:

Enviar um comentário