"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Lô Borges (1952 - 2025) e o Clube da Esquina

Era numa esquina que adolescentes se reuniam para conversar ou tocar violão. 

Naqueles clubezinhos surgiam amizades para a vida inteira. Lô Borges, ainda adolescente, ficava horas com os amigos numa esquina próxima do prédio onde morava, com o seu irmão, Márcio, Milton Nascimento e outros. Era na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro de Santa Teresa, em Belo Horizonte, durante a década de 1960.


Desses encontros e dessas amizades nasceram os duplos álbuns Clube da Esquina (n.º 1 e n.º 2 - 1972 e 1978). O nome do grupo de amigos-músicos, que viria a ser o dos dois discos, foi posto pela mãe dos irmãos Borges (D. Maricota). 

«O disco Clube da Esquina foi um momento de grande criação de Milton, ele estava numa fase muito criativa, eu, iniciando a minha fase de compositor, muito criativa também, e acho que o grande barato desse disco, o que chamou atenção desse disco, até no mundo inteiro, foi exatamente esta mistura.» (Lô Borges). 

Lô Borges e Milton Nascimento

A sua música era, também, uma mistura de diferentes estilos. Muitos dos músicos envolvidos continuaram a colaborar e a criar música juntos.


O grupo e os discos tornaram-se emblemáticos.


Ontem morreu um dos fundadores do Clube da Esquina, o caçula Lô Borges. 


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