Primeiro, na disciplina de Cidadania, depois...
Nas próximas "reformas" educativas, para responder ao mal-estar de dois chefes de família, teremos o regresso das aulas de Religião e Moral obrigatórias, leccionadas pelo pároco da freguesia ou por freiras do convento mais próximo, o crucifixo e o retrato do Chefe do Estado ou do Governo voltarão às paredes das salas de aula, o hino nacional será entoado no início de cada aula e haverá lugar a uma missa campal em todas as escolas, no princípio do ano lectivo, para abençoar os alunos no regresso às aulas.
Nada que tenha "amarras dos projetos ideológicos"!
Que regresse a censura: os filmes não poderão projectar cenas de beijos fogosos, decotes ousados e diálogos em torno da emancipação feminina ou da homossexualidade. Canções com estrofes inspiradoras do desejo serão proibidas de soar na rádio e na televisão. As prateleiras das livrarias com obras que falem da contracepção, do prazer sexual e de outros temas da intimidade afectiva serão derrubadas.
O Código Civil deve voltar a incluir o imperativo da virgindade feminina à data do casamento (artigo 1636.º do Código Civil de 1966).
As três Marias voltarão a ir a julgamento...
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