"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 4 de março de 2025

Soirée de Máscaras no Paço da Ajuda... com serviço no bofete


No ano seguinte, a 15 de Fevereiro, a rainha D. Maria Pia organizou um baile de máscaras, tendo usado três disfarces:

Traje de Maria Tudor

Traje de escocesa

Traje de dominó

Diz a Plataforma de Cidadania Monárquica, na sua conta do fb, que foi "o mais famoso Baile de Máscaras de que há memória, em Portugal".

Toda a gente se lembra!

Acrescenta a mesma Plataforma que "não teve os custos exorbitantes que uma campanha maldizente imputou à Rainha". 

Podemos estar mais tranquilos!
Não haverá inquérito parlamentar... 

A descrição do baile foi publicada (ou republicada?), curiosamente, na revista Arquivo Nacional, n.º 59, de 24 de Fevereiro de 1933, muitos anos depois, portanto, em vésperas de entrarmos no Estado Novo.

Conclui o relato: «D. Maria Pia quisera sentir o Carnaval nas suas salas, não compreendendo a atmosfera palaciana na qual não se exalta jamais a alegria até ao máximo e se vive em cuidados eternos dentro dos protocolos.»

P.S.: Faltava a referência aos trajes de D. Luís I. Sua Alteza apresentou-se disfarçado de hussardo, guerreiro medieval e... fantasma.




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