Carta de Séneca
«Que ninguém tenha actividades públicas nem privadas durante as festas, salvo no que se refere aos jogos, as diversões e ao prazer. Apenas os cozinheiros e pasteleiros podem trabalhar. Que todos tenham igualdade de direitos, os escravos e os livres, os pobres e os ricos. Não se permite a ninguém enfadar-se, estar de mal humor ou fazer ameaças. Não se permitem as auditorias de contas. A ninguém se permite inspeccionar ou registar a roupa durante os dias de festas, nem depor, nem preparar discursos, nem fazer leituras públicas, excepto se são jocosos e graciosos, que produzem zombarias e entretenimentos.»Saturnalia, descrição do famoso festival em honra de Saturno, que se realizava a 17 de Dezembro (e na época de Cícero durava 7 dias, de 17 a 23 de Dezembro), por Luciano de Samósata (125-181 d.C.).
Jogadores de dados, fresco de Pompeia |
Pelo solstício de Inverno, as celebrações romanas da Saturnalia (de Saturno, deus do tempo e da agricultura, e de outras coisas mais, porque muitos cargos acumulava), e de Mitra, o Deus-Sol, nascido a 25 de Dezembro, antecederam as celebrações do Natal Cristão.
A Igreja Romana, oficializada por Constantino, na procura de uma base de apoio ampla, foi absorvendo e dando outro significado aos festejos pagãos.
A "absorção" do festejo pagão do nascimento do Sol e uma ligeira deslocação temporal dos festejos da Saturnalia terão dado lugar à celebração do nascimento de Cristo. O calendário gregoriano, no século XVI, perpetuou o Natal a 25 de Dezembro.
Como alguém disse: "É mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas..."
O consumismo voltou a aproximar o Natal de um neo-paganismo.
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