"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Sou mais um português à procura de coisa melhor

«Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, director de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro, e tenho duas pátrias - uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor.»

Fernando Lemos, vindo do Brasil (onde vivia desde 1953), para o
lançamento do livro sobre a sua obra como fotógrafo, em Junho deste ano.
Veio do Brasil para "pôr o amor em dia".

Desenvolveu a sua actividade entre a fotografia, a pintura, o desenho, a tapeçaria, o design (gráfico e industrial) e também a escrita.

«Eu sou a soma de actividades que têm vários nomes. Criei essas partes de trabalho como testemunhos, exactamente como Fernando Pessoa fez com os heterónimos. São os meus heterónimos.»

O conhecido Auto-retrato. Eu poeta (1949)


Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen,
os dois centenários deste ano, fotografados por Fernando Lemos (1949)

Painel de Fernando Lemos na estação de metro do Brigadeiro (S. Paulo) 


Fernando Lemos (1926 - 2019)


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