"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lluis Llach distinguido pela SPA

Num dia dedicado à cultura catalã, Lluís Llach, compositor, poeta e músico, recebeu hoje a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

Lluís Llach, que brevemente fará 69 anos, já pôs fim à sua carreira, 40 anos depois de a ter iniciado em finais da década de 1960, no meio universitário catalão.
A Espanha vivia sob a ditadura de Franco e Lluís Llach, contestatário ao regime, acabaria por se exilar em Paris (1970 ou 71). 

Em Maio de 1975, actuou num Canto Livre, no Teatro S. Luís (Lisboa), primeira vinda a Portugal.
Foi nomeado Artista para a Paz, pela UNESCO, em 1999.

Recordo a primeira canção que ouvi cantada por Lluís Llach, I si canto trist..., logo após o 25 de Abril de 1974, acontecimento a que dedicaria a canção Abril 74.

Impressionante pelo ambiente de comemoração da liberdade pós-franquista a sua actuação, em Janeiro de 1976, no Palácio dos Desportos de Barcelona. Uma exaltação festiva o disco Barcelona Gener de 1976, que resultou da gravação do conjunto de três recitais, no seu regresso a Espanha (à sua Catalunha), dois meses depois da morte do general Franco.
Impossível não se sentir que a liberdade estava a passar por ali...


Até o disco treme!


Este lado B do LP de vinil inclui a canção Abril 74.


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