claridade
dos dias demasiado curtos
e a gélida sombra
sobra entre os meus dedos
Mas eu teimo e sigo devagar
agasalhado de frio
ao encontro do sol mais a sul
Capricórnio - afirmam-me
Então as gralhas e os corvos
levantam voo da neve `minha frente
num fragor de gelo quebradiço
Inverno - digo em surdina
Esta é a geada do solstício
sei, sem no entanto entender
a sua respiração sustida
Trópico de Câncer - lembro
enquanto na esfera celeste
o sol num amplo movimento
atinge a sua maior inclinação
durante a noite mais longa
É então que chamo o meu amado
quem sabe perdido por entre
cardos, espinhos e lírios devastados
- "Vem para os meus braços!"
Clamo em vão, a procurar abrigo
na floresta onde fico
à espera entre as árvores
da vitória da luz sobre a escuridade
Maria Teresa Horta,
22 de Dezembro de 2015
(um poema fresquíssimo!)
Paisagem de Inverno, de Pieter Brueghel |
Feliz e doce Natal!
ResponderEliminarQue a amizade percorra os caminhos da internet e junte as pessoas de boa vontade
Angela
Obrigado.
EliminarQue os caminhos levem a prados verdejantes e possamos ver o sorriso das vacas.
Boas Festas