"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Livrarte - A Livraria Ulmeiro faz 46 anos
«A Ulmeiro, também conhecida como livraria do gato à porta.
Um extraordinário espaço, com um acervo de milhares e milhares de livros, onde somos acolhidos como em casa fosse, pela Lúcia e pelo Zé. Num período complicado como este, cabe-nos ajudar a divulgar esta caverna de ali babá, criada em 1969 e que de nós depende para continuar aberta. Se a Ulmeiro é a livraria carismática de Benfica, que formou já gerações de pessoas que amam os livros e a leitura, é um espaço de referência lisboeta que urge preservar. Assim como está, numa deliciosa desordem, envolvida pelo calor humano e felino. Assim mesmo.»
Com a devida vénia à Rua dos Dias que Voam (de que aproveitei o texto acima e as três primeiras fotos, de Novembro de 2013).
A Ulmeiro era uma editora "revolucionária" - num regime cinzento... - com a publicação de obras de carácter político e interventivo.
Na livraria, com r/c e cave (como convém aos alfarrabistas!), encontravam-se intelectuais, como o Prof. Agostinho da Silva, Carlos Paredes, José Afonso e Mário Viegas, que participaram em sessões culturais que se multiplicaram depois do 25 de Abril.
Em 1978 separou-se da editora e adoptou o nome de Livrarte. No final da década de 1980 virou-se para o negócio dos livros e objectos antigos.
Podemos continuar a frequentar (com tempo!) a livraria - Av. do Uruguai, n.º 13-A - e podemos, até, encontrá-la adaptada aos tempos, no facebook, onde faz, regularmente, leilões de livros.
Uma longa vida para a D. Lúcia e o Sr. José Ribeiro, para a Livrarte e... para o gato, que ainda lá anda.
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