"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Porque a ideia de Adriano de Marguerite Yourcenar me toca

No CCB...
Multiplex - criação de Rui Horta



«É o mundo interior de Adriano que me interessa. O mesmo mundo que fascinou Yourcenar, ela que nos lembrava que refazia por dentro o que os arqueólogos do século XIX haviam feito de fora, ou ainda, que a melhor maneira de recriar o pensamento de um homem era reconstituir a sua biblioteca. Trabalhar sobre o tempo, sobre a memória. Como se os odores de Ítaca, das amendoeiras e das figueiras, estivessem sempre presentes. Como se todo um Sul permanentemente adiado, iluminasse uma vida de combates e negociações, longos invernos na lama fria do Norte ou intermináveis campanhas nos desertos da Ásia Menor.
Adriano, homem cultíssimo e complexo, foi o mais genial dos imperadores que Roma gerou, não um conquistador, mas um pacificador e administrador sábio, determinado a legar um império forte e organizado. O magnífico texto de Marguerite Yourcenar conduz a obra, não como relato cronológico, mas como experiência emersiva e sensorial.»
Rui Horta

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