1. O papel a que se chamou o "guião para a reforma do Estado" apresentado por Paulo Portas, a solo, é um documento bizarro em qualquer governo. Um subtítulo diz que se trata de uma "proposta do Governo", não se sabe a quê nem a quem, mas significa que foi sancionado pelo Conselho de Ministros. No entanto, sendo em teoria pelo seu título, circunstâncias e longa preparação (?), o mais importante documento do Governo Passos Coelho, não se percebe que não tenha sido o primeiro-ministro a apresentá-lo.
Na verdade, percebe-se, o verdadeiro documento para "reforma do Estado" é o Orçamento restritivo e de continuidade que na mesma altura estava a ser discutido no Parlamento, que é a materialização da saga dos cortes desde que Passos Coelho apareceu aflito a falar da "refundação do memorando". Essa é que é a política que conta. este papel de Portas não é tomado a sério por ninguém, a começar pelos seus colegas do Governo. "É uma coisa do Portas", não é política a sério.»
José Pacheco Pereira, Manual para ler o vazio, in Público, 2 de Novembro de 2013
«É um documento que eu diria feito por um aluno que tinha de apresentar um trabalho, que falhou o prazo, que não estudou a matéria e, instado a apresentar o trabalho, o escreveu à pressa, foi à Wikipedia buscar umas ideias, fez um corta e cola e apresentou o documento.»
Teixeira dos Santos, à TSF, 2 de Novembro de 2013
P.S. - Gostaria de ouvir a opinião deste último senhor sobre o que se fez e diz (agora) do BPN.
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