«No oceano da história, estamos a navegar num momento tempestuoso e sente-se a falta de rotas corajosas de paz. (...) para onde navegas, [Europa], se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo? Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o estado social.»
«[Uma Europa]
que inclua povos e pessoas, sem correr atrás de teorias e colonizações
ideológicas (...)» e que seja capaz de abrir «percursos de diálogo e inclusão,
desenvolvendo uma diplomacia da paz que extinga os conflitos e acalme as
tensões.»
O Papa considerou como tarefa
prioritária «defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas
que a usam e descartam» e questionou «o descarte dos idosos, os muros de arame
farpado, as mortandades no mar e os berços vazios»
Referiu, ainda, «a triste fase
descendente na curva demográfica», destacando a necessidade de uma política
capaz de «corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas
mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos».
Lembrou a assinatura do Tratado de
Lisboa pela União Europeia, com o «objetivo de promover a paz, os seus valores
e o bem-estar dos seus povos e de contribuir para a paz, a segurança, o
desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo
entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a
proteção dos direitos humanos».
A este discurso a comunicação social... assobiou para o lado!
Mas alguém reparou... no discurso e no assobio!
Haja Deus!
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