Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
terça-feira, 23 de maio de 2023
Eduarda Dionísio (1946 - 2023)
Eduarda Dionísio pintada por seu pai, aos 6 anos |
Nascida em 1946, formada em filologia românica (como os pais), esteve
ligada ao mundo do teatro, foi professora do ensino secundário, nomeadamente no
Liceu Camões, onde os seus pais também leccionaram, colaborou em variadíssimas
publicações, escreveu sem que quisesse que lhe chamassem escritora, mas chegou
a receber prémios literários.
Participou no movimento estudantil contra a ditadura e fundou a
Associação Abril em Maio, a quem "não interessa o cultural em que a
cultura se transformou, mas a cultura enquanto conjunto de saberes, de
saberes-fazer e de saberes-viver, fundado numa prática colectiva em que os
indivíduos e os grupos são atores da sua própria existência".
Aquele que terá sido o seu grande projeto, foi a fundação e dinamização da
Associação Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, em 2008, onde reuniu o espólio
literário e artístico e o arquivo pessoal do seu pai. A Casa da Achada,
localizada no bairro da Mouraria, tornou-se um pólo cultural de referência, com
uma programação de atividades que ultrapassam a evocação do legado de Mário
Dionísio.
Tinha em mãos – não sei se teve oportunidade de concluir – a edição do até
agora inédito diário de seu pai, Passageiro Clandestino. Ainda no mês passado, foi
lançado o quarto volume (respeitante ao período de 1974 a 1980), acompanhado, como
os volumes anteriores, por livros de notas redigidas por si, para contextualizar
o período a que os diários dizem respeito.
Eduarda Dionísio era "um monumento de capacidade de trabalho,
meticulosa ao pormenor, culta como pouca gente, curiosa como ninguém, operária
da memória. Amava a cultura e queria-lhe a marca de uma paixão revolucionária e
intransigente na sua contraposição à rotina e à modorra. Queria fazer e
fez". (Francisco Louçã)
domingo, 21 de maio de 2023
A solidez do pudim
Expo'98 - 25 anos
A inauguração foi há 25 anos.
A Expo'98 veio mexer com Lisboa (deu-lhe uma nova imagem) e com a mentalidade das pessoas - criou uma abertura ao exterior. Tornámo-nos cosmopolitas.
Foi um mergulho no Futuro...
sábado, 20 de maio de 2023
O Marquês de Pombal gostaria de futebol?
É melhor que o Benfica seja campeão já este fim de semana...
Para a semana quero ir descansado à Feira do Livro!
Fundão (segundo novo acordo ortográfico)
Hoje comi umas óptimas cerejas da Gardunha, ali onde o Fundão (a Cova da Beira) se encosta à serra.
O Fundão e as suas cerejas não têm muita sorte com a ortografia - ver aqui
São melhores, mesmo, as cerejas!
O regresso do Festival Islâmico de Mértola
Quantas coisas digo que não faço
quantas voltas sem me decidir a pôr meu pé em terra.
Critico os meus olhos e não se convencem;
aconselho minha alma, não aceita os meus conselhos.
Ai quantas coisas se desculpam, dizem:
“talvez mais tarde”. Quantas se demoram.
Em quantas coisas confio
que terei longa vida, e me atraso.
Mas a morte não se atrasa.
Todos os dias brada entre nós
o pregoeiro da caravana: “Alto!”
Depois de setenta e nove anos,
deverei esperar uma vida longa? (…)
terça-feira, 9 de maio de 2023
Com a mentira me enganas
A RTP2 estreia amanhã, dia 10, às 23:10, a série documental Verdade e Mentira ou... como a compreensão da história foi moldada pelo uso de mentiras.
Quem diria?
Como a compreensão da realidade actual é moldada pela manipulação dos factos (incluindo a sua omissão), pelas interpretações interesseiras e seus ecos (uma mentira mil vezes repetida...). Mas isto já sou eu a dizer...
domingo, 7 de maio de 2023
Encerrado "O caso das três Marias"
No dia 7 de Maio de 1974, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, autoras do livro Novas Cartas Portuguesas (e o seu editor, Romeu de Melo, da Estúdios Cor), foram absolvidas em julgamento num processo que tivera início a 25 de Outubro do ano anterior.
As escritoras em questão, antes tratadas como prostitutas, foram reconhecidas como autoras de uma obra de arte, declarando a sentença que "o livro não é pornográfico nem imoral".
Assim terminava o escândalo de um processo conhecido como "O caso das três Marias", que levara, inclusive, à realização de vigílias de apoio às escritoras junto às embaixadas portuguesas de Paris, Washington e Haia.
50 anos de Money
Em 7 de Maio de 1973, os Pink Floyd lançaram o principal single do álbum The Dark Side Of The Moon: Money.
sábado, 6 de maio de 2023
Coroação a 6 de Maio
A 6 de Maio foi coroado Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha, ou seja, D. Manuel II, o último rei de Portugal.
6 de Maio de 1908, 115 anos antes de Carlos III de Inglaterra.
A Inglaterra foi, por coincidência, o país onde D. Manuel II faleceu, a 2 de Julho de 1932.
Cerimónia de aclamação de D. Manuel II, no Palácio de S. Bento |
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Em Dia Mundial da Língua Portuguesa, o Prémio Camões
No espaço de poucos dias, a entrega de dois prémios Camões.
Chico Buarque, com atraso, à sombra do simbolismo do 25 de Abril.
Paulina Chiziane no Dia Mundial da Língua Portuguesa. Com menos "estrondo", mas simbolicamente!