"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A descoberta da entrada do Estreito de Magalhães


Passam hoje 500 anos que Fernão de Magalhães atingiu a entrada do estreito com o seu nome.

Era a passagem mais ambicionada, aquela que lhe abria caminho para que pudesse atingir as ilhas das especiarias. Aquelas onde Magalhães nunca chegou...

Tudo acabaria com a volta ao mundo de que Sebastián de Elcano colheria os louros, mas também não os proveitos - nunca chegou a ver o prémio prometido pelo Imperador Carlos V.

Mapa do Estreito de Magalhães desenhado por António Pigafetta
(do único manuscrito italiano do relato da viagem, como reproduzido na edição de 1800)


«Embora a empresa de Magalhães seja reconhecida como a maior jamais intentada por qualquer navegante, contudo, ele foi privado da sua devida fama pelas invejas que sempre houve entre os dois povos que habitam a Península, pois os espanhóis não toleraram ser mandados por um português e os portugueses ainda não perdoaram a Magalhães tê-los abandonado para servir Castela.»

Lord Stanley of Alderley, 1874

«Entre todas as figuras e todas as rotas, a minha admiração vira-se para os feitos do homem que, no meu sentir, alcançou o mais extraordinário na história das descobertas geográficas: Fernão de Magalhães. A sua navegação é talvez a maior odisseia na História da Humanidade.»

Stefan Zweig


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