«estranha na cidade é a permanência de setembro instantes de suspensão de não se saber onde o quê; presumo que conheça a cidade mas não tão longe como eu nem em iguais rotas de vida já lhe aconteceu os membros desligarem-se do corpo a cabeça levitar transformada em lua? na cidade desse tempo era isto na cidade um esquecimento um túnel onde nenhuma luz cintilava; ouça; setembro não tem na cidade a mágoa estridente das terras que a natureza preparou para o outono trata-se ainda aqui de uma estação de oiro se me consente o ordinário da frase quando falo em oiro quero que entenda assim na cidade a permanência de setembro é como direi trabalhada a cinzel a bistre;»
Mário Cláudio, Um Verão Assim
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