Edifício onde funcionou a sede da redacção do Distrito de Évora (foto Google maps) |
A 10 de Fevereiro de 1886, Eça de Queirós casou-se com Emília de Castro Pamplona, na capela particular da Quinta de Santo Ovídio (Porto), que pertencia à família da noiva, os Condes de Resende.
Fachada poente e jardins do solar da Quinta de Santo Ovídio A fachada principal, voltada a nascente, dava para a Praça da Regeneração, actual Praça da República. |
Pintura do jardim primitivo (século XVIII), presumivelmente desenhado por Nasoni. |
O casal |
«Aqui é um convento, adormecido dentro da sua cerca, ou antes do seu roseiral, porque apenas em Maio tudo são rosas, e tão afastado do mundo e das suas empresas que, quando a sineta do portão, anunciando o correio, quebra este lento silêncio que só costuma ser quebrado pelo cantar dos repuxos, há tanto alvoroço como outrora entre os frades de Tibães ou do Bostelo, ao chegar com grande guizalhada de machos, o estafeta da corte. De manhã passeio na rua dos Loureiros, que é no meio da cerca, sem breviário, mas tão pachorrentamente como se levasse os olhos postos num; e à noite leio genealogias e agiológios.»
Excerto de uma carta de Eça de Queirós para Eduardo Prado (1892)
O solar foi demolido em 1895, para abertura da Rua Álvares Cabral.
Reparei nas datas durante a visita à exposição
Informações sobre Eça comple(men)tadas na Fotobiografia, de A. Campos Matos.
Informações sobre o solar da Quinta de Santo Ovídio (e que tantos nomes foi tendo...) na Fotobiografia e no blog Monumentos Desaparecidos.
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