"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 6 de janeiro de 2019

Dia de Reis

3?
4?
3x4?

Pormenor de um mosaico do século VI, na Igreja de San Apolinar Nuovo (Ravena)
«Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos; 
os reis de Sabá e de Seba mandarão presentes!
Todos os reis se curvarão dele; todas as nações o servirão!»
(Salmos, 72:10-11)

Os Reis Magos (4) no presépio da Igreja de S. José das Taipas (Porto)
Habitualmente identificam-se os três reis magos com as três regiões (continentes) do mundo que à época se conheciam: Europa, Ásia e África

A descoberta da América alargou esse número e o quarto rei é representado, neste último presépio (de Machado de Castro ou da sua "escola", século XVIII), como um  chefe índio sul-americano.

Reis Magos na Igreja de S. Francisco (Porto)

Há um documento redigido na segunda metade do século II, só descoberto no século XVIII, que dá informações sobre quem seriam os magos. 
Traduzido pela primeira vez do sírio antigo por um professor de Teologia da Universidade do Oklahoma, o documento não limita o número de reis magos: eles podem ter sido mais do que doze.
Podiam ser originários de Shir, uma região que, actualmente, se localiza em território chinês, e seriam descendentes de Seth, o terceiro filho de Adão.
Três deles ter-se-iam destacado pelo facto de as suas prendas serem as mais simbólicas. 


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