"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 31 de julho de 2017

«Acredito na imortalidade. Será uma aventura sem corpo!»

«Através de cada personagem, de cada filme, de cada peça de teatro, eu entro num universo novo. E sou eu, a pioneira, que diz ao espectador; venha comigo à descoberta de algo estranho e diferente de si!»

«Ao longo do tempo não só tenho encontrado personagens, como belíssimos seres humanos, seja entre os técnicos ou os criadores artísticos, seja entre as pessoas que me são chegadas. Com eles fui-me dando aos outros, ao mundo!»


Jeanne Moureau (à direita) no filme O gebo e a sombra,
de Manoel de Oliveira

«O cinema português tem algo de muito próprio. É aparentemente modesto, discreto, eu diria antes que é um cinema resistente. É um cinema que permite, através de realizadores como Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Jorge Botelho, Jorge Silva Melo, Teresa Vilaverde... uma visão sobre um mundo interior que diz respeito a todos nós. Depois, é vossa palavra saudade, tão cara aos poetas!»

As palavras são de Jeanne Moureau, na primeira pessoa, adaptadas da entrevista concedida a Luís Goucha, e que podem ser lidas no seu blogue O Cabaré do Goucha (12 de Fevereiro de 2016).

Jeanne Moureau faleceu hoje.


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