«A dívida é hoje responsável pela violência, pela desigualdade e pelas situações em que os poderosos ficam em vantagem perante países menos desenvolvidos que precisam de capital.» - disse o Ministro dos Estrangeiros da Argentina na Assembleia das Nações Unidas.
E esta assembleia aprovou uma recomendação: que as reestruturações das dívidas se façam sem esquecer a democracia. Foi aprovado um conjunto de princípios democráticos que se devem sobrepor à "voracidade" dos credores.
A União Europeia votou contra.
Não é de estranhar, depois do que se viu no tratamento das várias crises, sobretudo a da Grécia.
Os valores que predominam são os do capital, não os da democracia.
Tsípras e o Syriza foram metidos no bolso. Os resultados das eleições gregas já foram "normais" e não assustam ninguém.
E assim vamos nós, levados, levados sim! Portugal à frente...
"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Lisboa antes do terramoto
O painel do Museu do Azulejo - óptimas fotografias com a identificação dos principais edifícios da cidade.
Consegui encontrar o livro, mas... en français.
Consegui encontrar o livro, mas... en français.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
História do coelho pardinho que ficou sem rabo
Há quem goste do foguetório.
O nível da discussão política e da sua compreensão fica, muitas vezes, pelo saber, alegadamente, quem ganhou e quem perdeu. As sondagens sobre os putativos vencedores e vencidos reforça essa visão simplória - a preocupação em realizar a sondagem já é, em si, reveladora. A ciência dos números não engana, é como a prova do algodão. Parece um confronto desportivo - um qualquer jogo com bola em que se marcam golos ou uma modalidade de luta, com possível KO ou vitória aos pontos.
Com tanta publicidade ao "debate histórico"... não o quis ver! É a minha reacção à saloiice pacóvia dos anúncios feitos por 3 estações de televisão. Pouco faltou para anunciar Passos Coelho e António Costa como se anunciam os pugilistas, pelo menos nos filmes. Esse tipo de publicidade, para mim, funciona como repelente. E não gosto de grandes ajuntamentos (nem aprecio, especialmente, qualquer dos 3 entrevistadores)!
Ouvi e li alguns comentários - não há como fugir (é mentira, sempre podia não ligar a televisão nem a rádio, nem a net, não ler os jornais, fugir de alguns amigos...) e também não o pretendi fazer. Sempre há alguns comentadores que gosto de ouvir, independentemente da sua posição ideológica - ninguém é neutro.
Do que ouvi ou li, parece que não perdi muito. Também não é surpresa! Ao que diz a maioria dos analistas/comentadores/politólogos/simples curiosos, nessa lógica de vencedor/vencido, Costa "venceu" Coelho.
Lembrei-me deste livro de Aquilino Ribeiro:
O nível da discussão política e da sua compreensão fica, muitas vezes, pelo saber, alegadamente, quem ganhou e quem perdeu. As sondagens sobre os putativos vencedores e vencidos reforça essa visão simplória - a preocupação em realizar a sondagem já é, em si, reveladora. A ciência dos números não engana, é como a prova do algodão. Parece um confronto desportivo - um qualquer jogo com bola em que se marcam golos ou uma modalidade de luta, com possível KO ou vitória aos pontos.
Com tanta publicidade ao "debate histórico"... não o quis ver! É a minha reacção à saloiice pacóvia dos anúncios feitos por 3 estações de televisão. Pouco faltou para anunciar Passos Coelho e António Costa como se anunciam os pugilistas, pelo menos nos filmes. Esse tipo de publicidade, para mim, funciona como repelente. E não gosto de grandes ajuntamentos (nem aprecio, especialmente, qualquer dos 3 entrevistadores)!
Ouvi e li alguns comentários - não há como fugir (é mentira, sempre podia não ligar a televisão nem a rádio, nem a net, não ler os jornais, fugir de alguns amigos...) e também não o pretendi fazer. Sempre há alguns comentadores que gosto de ouvir, independentemente da sua posição ideológica - ninguém é neutro.
Do que ouvi ou li, parece que não perdi muito. Também não é surpresa! Ao que diz a maioria dos analistas/comentadores/politólogos/simples curiosos, nessa lógica de vencedor/vencido, Costa "venceu" Coelho.
Lembrei-me deste livro de Aquilino Ribeiro:
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Na Árvore das Virtudes...
Por Árvore das Virtudes entenda-se a sede da Cooperativa de Actividades Artísticas Árvore, no Porto, com as traseiras sobre o jardim das Virtudes.
Foi aí que abriu um restaurante.
Não sei se é bom, mas tendo uma esplanada com vista para o rio e para o jardim... pelo menos valerá pela vista.
Foi aí que abriu um restaurante.
Não sei se é bom, mas tendo uma esplanada com vista para o rio e para o jardim... pelo menos valerá pela vista.
Jardim das Virtudes |
domingo, 6 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Porto mais azul
Terei estado no local (ou muito próximo) onde António Cruz pintou a aguarela do post anterior - Miradouro da Vitória. O mais esbodegado miradouro da cidade (que eu conheça), espaço privado (cf. placa) onde afluem os turistas.
O estado miserento do miradouro.
As duas últimas fotos foram retiradas da net.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
O Porto nas aguarelas de António Cruz
«Armou António Cruz o seu cavalete diante de um recanto do casario, abriu-se à captação da medida da luz e da cor que coincide com a rugosidade do reboco de uma parede, com a dissolução de uma substância carbonizada nas nevoentas linfas do começo de Setembro, com o adensamento do negrume no mais intrínseco dos sótãos.»
Vale a pena descobrir as pinturas de António Cruz (1907-1983) na Fundação Calouste Gulbenkian.
Mário Cláudio, A cidade no bolso
Aguarela de António Cruz |
As suas aguarelas mostram-nos "o rosto mais belo do Porto".
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