As instituições culturais podem ajudar a qualificar a oferta turística, o que tem efeitos indirectos. (...) É preciso pensar também as consequências económicas da cultura em termos de emprego.
Desde 2009, quando se começou a desenhar esta crise, que achei que fazia sentido apresentar um programa anti-crise baseado na cultura, o que fiz numa conferência no Porto, quando ainda era presidente de Serralves. Mas, infelizmente, foi pregar no deserto. (...)
As limitações financeiras não podem autolimitar-nos no esforço de lutarmos por uma cultura viva e influente na sociedade, que no fundo ajude a dar sentido à vida.
(...) Temos de recolocar a cultura no centro da sociedade contemporânea. Porque a cultura, a arte e os artistas em particular podem ajudar a equacionar e resolver alguns dos seus problemas.
(...) Eu acredito profundamente que a cultura devia ser uma aposta estratégica.»
António Gomes de Pinho, entrevista ao JL de 4 de Fevereiro de 2015
Alguém que explique isto ao Governo, mesmo fazendo um boneco. Trata-se de um Governo sem cultura!
A leitura da entrevista teve outra força no dia em que professores e alunos se manifestaram em frente ao Ministério da Educação e Ciência contra o atraso no pagamento de verbas devidas às escolas do ensino artístico especializado.
É que o Governo também não sabe o que é a dignidade do trabalho.
um consenso nacional para a promoção da cultura ?!
ResponderEliminarPoderá ser. Num país em que se (a)firmam poucos consensos políticos e sociais. Como dizia Jorge Sampaio, há vida para além do défice. Não podemos reduzir a acção - o "desígnio nacional" - à redução do défice. São necessários objectivos em que as pessoas estejam envolvidas e vejam como seus.
EliminarA cultura é uma das áreas em que isso poderia acontecer.
Mas...