O autor da obra artística - avaliada em 15 mil dólares - pretendia que a instalação "interagisse directamente com o espaço". Por essa razão, alguns elementos (incluindo jornais, cartões e miolos de biscoitos!) estavam, de propósito, espalhados pelo chão.
Dizem que os estragos vão ser cobertos pelo seguro.
Alguns pontos de reflexão:
Alguma arte contemporânea parece confundir-se com lixo.
Acho que há uma tentativa clara de ludibriar a companhia de seguros. O seguro vai cobrir o quê? Jornais velhos? Cartões? Miolos de biscoitos?! É tão fácil de fazer - ponham lá meia dúzia de miúdos a comer biscoitos e a interacção será enorme.
Queixam-se de quê? O objectivo do artista parece ter sido plenamente conseguido - nunca a interacção de uma instalação com o espaço (e um observador crítico e interessado desse espaço) poderia ter um resultado mais eficaz.
A empregada deverá ter uma boa avaliação no desempenho das suas funções. E deveria, ainda, ter um aumento, porque a sua intervenção, sendo notícia, terá servido para uma divulgação ainda mais alargada da exposição.
Imagens de uma outra instalação onde uma outra empregada diligente resolveu pôr a instalação no lixo - Eyestorm Gallery, Londres, instalação de Damien Hirst (2001).
P.S. - Quando a senhora que mora cá em casa me disser que tenho as coisas desarrumadas, explico-lhe que não se trata nada de um desarrumo mas sim de uma instalação de arte.
Sem comentários:
Enviar um comentário