"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Amores açoreanos

Público - Amores açorianos


Foi o Manel que me falou deste restaurante (ainda não era "este", era o Bambino d'Oro - nome estranho em relação à comida açoreana - no bairro do Rego, numa cave da Rua Frei Carlos).
Descobri que o dono, Alfredo Alves, natural do Pico, tinha sido o proprietário de O Alfredo, um restaurante à entrada da cidade da Horta, para quem vai de Castelo Branco para a cidade. Estamos a falar da ilha do Faial.

Depois de terem caminhado quase 8 km, 4 esfomeados entraram e banquetearam-se soberbamente. As fotografias do momento são demasiado pessoais: uma das comensais estava cheia de borbulhas no rosto (próprio da idade), outra ria escancaradamente como quem já está para lá de Marraquexe, a terceira apresenta um sorriso que já indicia um estado próximo da embriaguez e o último é este humilde escriba que também foi o fotógrafo e não se auto-fotografou (nem ao espelho). Saímos mais do que felizes com o que comemos e bebemos. Estávamos em 1994.
Quando voltámos ao Faial, dois anos mais tarde, bem que procurámos O Alfredo. Tinha encerrado.
Felizmente, descobrimo-lo em Lisboa, anos mais tarde, pela informação do Manel, outro picaroto.
O texto de MEC no Público faz todo o sentido e faz justiça.

Ilha do Faial - Vaquinhas açoreanas fotografadas em 1994
(antes de Cavaco Silva descobrir o seu sorriso)
durante o percurso que me levaria a O Alfredo

P.S. - Dizia ontem a Ana D. que era natural de uma maravilhosa ilha. Aqui está o seu Faial.

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