"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Júlio Pereira na Paulo da Gama

Fez anteontem 25 anos que, na Semana da Música da escola, Júlio Pereira actuou na Paulo da Gama.


Celtibera era o tema mais popular do último disco editado na época por Júlio Pereira, Os sete instrumentos.

A escola era escola - sem necessidade de propaganda falsa e de falsas reformas que só estragam.


Membros do Governo foram a escolas



Palhaçadas!
Se fizessem o que devem!...

P.S. - Só lhes faltou levarem os Magalhães!

Porque "vivi" acima das possibilidades




Foi e é por estas (e por outras iguais e parecidas)!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Roads

A Rute lembrou...



Claro que não me esqueci de ti...

Dedico-te esta pérola.




Jardins de Monserrate, bem acompanhada (1997)

Nunca poderia esquecer-me de ti.
Saudades


Um 28 de Maio com cantigas

«Faz-nos falta o génio, a autenticidade e o comprometimento. No Portugal de hoje, grande parte dos artistas mais divulgados é estéril.»

Foi ontem posta à venda a reedição de Cantigas do Maio, de José Afonso, original de 1971. Aquele que considero o melhor disco de sempre de música portuguesa.
Gosto é gosto e tem raízes afectivas que nem sempre a razão conhece. Por isso é que gostos dificilmente se discutem.
Ouvido às escondidas antes do 25 de Abril - foi nessa condição que um colega de liceu me emprestou uma cassete, em 1973, que também tinha gravado o Venham mais cinco.
Nessa altura ter um gravador-leitor de cassetes era um luxo, mas a minha mãe gostava dessas inovações.
Sob a direcção musical de José Mário Branco, este disco assinalou uma alteração estética na produção discográfica de José Afonso, instrumentalmente enriquecido e mais "versátil", mas coerente com a raiz popular das canções, a sua matriz filosófica-ideológica e os "sons nobres" de que José Afonso não abdicava.
Diz José Mário Branco, «(...) era a sensação de como se, de repente, me pusessem nas mãos um punhado de diamantes para eu lapidar.»
Eram e são diamantes. E foram exemplarmente lapidados.
Gostos...


«Numa altura em que se podia perder a vida se se cantasse com honestidade, Zeca cantou as suas convicções, as suas utopias e o seu coração. Cantou sempre o seu coração. Hoje poucos o fazem. Estão todos a tentar sobreviver, todos a tentar absorver o conceito hegemónico de Arte mercantilista.»
Citações de Valete, na presente edição de Cantigas do Maio



Que estas cantigas exorcizem as forças do outro 28 de Maio de triste memória, que ainda hoje nos magoam, pelos atrofiamentos causados.


domingo, 27 de maio de 2012

Exposição Quinta do Rouxinol. Uma olaria romana no estuário do Tejo

No Museu Nacional de Arqueologia continua a exposição QUINTA DO ROUXINOL. Uma olaria romana no estuário do Tejo. Corroios / Seixal, organização conjunta do Museu Nacional de Arqueologia e do Ecomuseu Municipal do Seixal.
A exposição visa dar a conhecer uma olaria de Época Romana, identificada na Quinta do Rouxinol (Corroios, Seixal), contextualizando-a no sistema económico regional e imperial.
Os dois fornos preservados e estudados funcionaram dos finais do séc. II às primeiras décadas do séc. V, produzindo loiça de cozinha e de mesa e ânforas destinadas ao envase e transporte de preparados de peixe e, provavelmente, de vinho. Pontualmente, também terão produzido lucernas.


É de destacar que, na passada semana, o Museu Nacional de Arqueologia, com o Projecto Clubes de Arqueologia, venceu o Prémio Mundial de “Melhores Práticas Educativas” atribuído pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) e pelo CECA (Comité para Educação e Acção Cultural), prémio de âmbito mundial e que este ano se realizou pela primeira vez.


CCB - Exposição Nikias Skapinakis Presente e Passado 2012 - 1950


Fim de semana...

... entre jardins e aviões,
rosas e pavões
e também exposições

Jardim Condes Castro Guimarães





Os vendilhões do Templo...


Será que o Relvas e o Silva Carvalho também estão ligados a este caso?
Lembrei-me, entretanto, que o Pinto da Costa visitou o Papa...



Está o pavão mais perto de Deus!



It's all over now baby blue


O sobreiro e a cortiça na Austrália

Sobre o sobreiro e a cortiça na Austrália, já por mais do que uma vez, nos últimos anos, houve descortiçadores portugueses que se deslocaram a este país para exemplificar a arte da tiragem da cortiça.
Em Glenn Lock, na região de Camberra, o montado de sobro cobre uma área de 10 hectares de terreno, com cerca de seis mil sobreiros.
Após o grande incêndio em 2003, o Embaixador de Portugal na Austrália presidiu a uma cerimónia em que foram oferecidos aos bombeiros que cuidavam da plantação 3 machados para retirar a cortiça, produzidos artesanalmente no Alentejo.

Tirada da cortiça

Três pessoas e um sobreiro ou quatro pessoas de boa vontade!

A propósito da plantação do sobreiro por Cavaco Silva, recordo/dou a conhecer um texto escrito em 1957 por aquele que foi o maior especialista do mundo em subericultura, o Eng. Vieira Natividade (1899 – 1968).
O texto, parte final de um artigo do Boletim da Junta Nacional da Cortiça (n.º 228),  refere a plantação de um sobreiro na Herdade dos Leitões (Montargil), em 19 de Agosto de 1957.
Sente-se o afecto de Vieira Natividade por esta espécie florestal.




João Lopes Fernandes, Vieira Natividade
e Sardinha de Oliveira junto
ao sobreiro transplantado
«Para comemorar esta grata jornada suberícola, e segundo velhos rituais, foi plantado um sobreiro, frente à porta da casa acolhedora do monte de Leitões. Estávamos em plena canícula de Agosto, e chegavam até nós as lufadas de ar quente do deserto longínquo... O Senhor Lopes Fernandes parece ter riscado há muito do seu vocabulário a palavra “impossível”... Não oculto que antes de meter as mãos à tremenda aventura, e estarrecido pela responsabilidade técnica, invoquei em segredo a protecção de todos os Santos patronos da floresta, de reforço com um patético apelo àquelas divindades silvanas que já nos bosques sagrados da remota Hélada habitavam a própria alma das árvores...
Presidia à cerimónia o Senhor Lopes Fernandes. A seu lado, o colega e querido amigo Sardinha de Oliveira lançava aos preparos do acto o olhar apreensivo e sofredor de quem vê lançar à água, em mar de escolhos batido pela procela, um frágil e mísero batel... Com pouco mais de três palmos de altura, mal saído ainda da infância, era tão franzino o sobreirito!
Por cenário, a floresta circundante e inspiradora. E no recolhimento e no silêncio que a gravidade do acto impunham, apossou-se de mim a confiança e a fé, pois quase diria que senti palpitar nas minhas mão, venturosa e confiada, a tenra e pequenina árvore! Estávamos ali três pessoas e um sobreiro; mas confesso que acreditei e acredito que éramos, ao todo quatro pessoas de boa vontade!
E o sobreirito lá viceja, garboso e feliz!»
Vieira Natividade, Devoção Suberícola

O sobreiro há poucos anos atrás

sábado, 26 de maio de 2012

Guardador de margens



Rui Veloso (1983)
Letra: Carlos Tê
Sax soprano: Naná Sousa Dias

Bom resto de fim de semana (a palavra onde gosto de cortar os hífens!)


Avaliação dos directores de escolas


Sou de opinião que se devia ponderar a hipótese de toda a população poder participar na avaliação, através de SMS, de chamadas de valor acrescentado ou do facebook. Assim tipo Ídolos ou Festival da Canção.

Quanto ao Ministério da Educação, eu diria, como se diz em relação ao uso de certos medicamentos, que se os sintomas persistirem, o melhor é consultar o médico.

Cavaco plantou sobreiro

Na visita à Austrália, Cavaco Silva cumpriu a tradição de plantar uma árvore no National Arboretum, um espaço que ardeu em 2003 e que tem tem vindo a ser reflorestado.
A árvore bem escolhida foi um sobreiro, árvore símbolo de Portugal.
Justificou a escolha pelo papel de Portugal como produtor de cortiça, chamando a atenção para a importância da cortiça na sua relação com o vinho de qualidade, de que a Austrália é produtora.


Não são normais estas minhas loas ao voluntário que ocupa o Palácio de Belém.
Depois de destacar aqui o facto de Cavaco escrever o português "à moda antiga" e de elogiar a sua escolha do sobreiro, será que ainda o irei louvar por ele dizer ao Passos: "Ponha o Relvas a mexer!"?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Passos Coelho helvécio

Em Astérix entre os helvécios, há uma orgia... de fondue de queijo.





O helvécio, por acaso, é salvo e volta a uma orgia de fondue de queijo.



Passos Coelho é como o helvécio: quer sofrer as bastonadas.


Antes digo, Passos Coelho tem semelhanças com o helvécio: quer que soframos as bastonadas!
... as chicotadas!
... sejamos atirados ao lago com um peso amarrado aos pés!

A realidade que temos


Números reveladores da sociedade que construímos/somos.
Não é difícil conjecturar o que significam no trabalho das escolas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Euro-enjoo...

... o acompanhamento feito pelos meios de comunicação (sobretudo as televisões) junto da selecção nacional nesta fase de preparação do Europeu de Futebol.
Falta pouco para sabermos a cor das cuecas dos jogadores e o n.º de traques que cada um deu, contando com o contributo imprescindível de comentadores especializados que irão escalpelizar esses dados e analisar a sua possível correlação com o estado de espírito da equipa e a vertente técnico-táctica.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Bee Gees

Nunca fui fã dos Bee Gees em qualquer das fases da carreira, mas há pouco tempo atrás não pude deixar de comprar o CD com os seus greatest hits.
A história da música pop (também) passa obrigatoriamente por eles.




Casa de ferreiro... português à moda antiga


Há aquelas pessoas que não sabem o que é, mas estão contra.
Cavaco Silva não sabe bem o que é, mas esteve a favor e... elogia.

Escrever à moda antiga só lhe fica bem!


Pelo regresso à recolecção

Engana-se quem considera que as medidas deste Governo significam um retrocesso ao pré-25 de Abril.
Como em tudo, este Governo vai mais longe: Portugal vai candidatar-se a Património da Humanidade com o regresso à recolecção.



Há que salvaguardar as tradições ancestrais do povo peninsular que somos!

O cromo de quem se fala para assumir a pasta da Pesca e da Caça
Até lhe chamam o Crom'Agnon.
O Relvas que se cuide!! Este ainda é mais trauliteiro.


domingo, 20 de maio de 2012

sábado, 19 de maio de 2012

Outro "chefe índio" de Seattle


Jimi Hendrix no Festival de Woodstock
(Hendrix era natural de Seattle e
a avó era de origem nativa - cherokee)


O Homem pertence à Terra

A propósito das inoperantes Cimeiras ou Conferências da Terra, desde a ECO-92 a Copenhaga 2009, tropecei na Carta do Chefe Seattle ao Presidente dos EUA, em 1854.

O Chefe Seattle (1786 – 1866) era o líder das tribos Suquamish e Duwamish que viviam no território do actual Estado de Washington e Franklin Pierce, eleito em 1853, pretendia comprar o território que pertencia àquelas e a outras tribos.
O Chefe Seattle respondeu a essa pretensão com a famosa Carta em que afirmava «De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra.»
E o final é premonitório: «Continuais a poluir a vossa cama e haveis de morrer uma noite, sufocados pelos vossos próprios desejos.
(…) Este é o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência
O Chefe Seattle sabia que não podia resistir e a maioria dos territórios das suas tribos foi adquirida em 1855, enquanto estas ficavam confinadas à Reserva Indígena de Port Madison.
Seattle seria nome de cidade, em sua homenagem.

Sepultura do chefe Seattle

A lembrança da História - "resposta" à Susana

Obrigado, Susana, pela lembrança da História.
Da História não sabemos o futuro, mas será do senso comum que, a prosseguirmos neste caminho, mesmo com a reforma aos 72 anos (eh, eh, eh), não acredito que chegue a ver o discurso de Severn Suzuki nos livros de História.
Poderá haver uma imagem captada do vídeo, uma referência ao evento – a Eco-92 – às preocupações ecológicas, mas não aos poderes que são postos em causa. E são esses poderes que nos lixam!

Há verdades simples, óbvias – que alguns poderão chamar de demagógicas – mas outros valores mais altos se levantam, e a esses não chamam demagógicos. Esses são os pilares do sistema, do modelo de sociedade que temos. Por isso, mais facilmente verás nos livros a referência à entrada do facebook na Bolsa.
A minha esperança ainda está na geração a que vocês pertencem, pela educação – pelos valores – que poderão transmitir aos vossos filhos. Os actuais filhos com que eu lido são, na sua maioria, mal educados. Eles não sabem – não lhes cabe o quinhão maior de responsabilidade – mas são. Estão desformatados! Por variadas razões, por visões deformadas do que é (devia ser) a vida. Mas a minha visão também é… a minha. E estará certa?

Nesta “tasca”, onde se pode reparar no sorriso das vacas, mantenho em destaque, na coluna à esquerda, uma passagem de Indignai-vos!, um manifesto escrito por Stéphane Hessel. Este senhor, actualmente com 94 anos, fugiu com os pais da Alemanha nazi antes da II GM, naturalizou-se francês, pertenceu à Resistência, e esteve preso nos campos de concentração (de onde conseguiu fugir). Depois da Guerra esteve nas Nações Unidas e participou na elaboração da Declaração dos Direitos Humanos (1948). Em 2010, perante o modelo de globalização e as ameaças ao valores mais profundos da democracia e da justiça social, considerou necessário escrever o manifesto para lembrar uma série de princípios presentes na construção da França e das democracias modernas (pós-II GM).
E diz mais:
«Cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos: não essa sociedade dos imigrantes ilegais, das expulsões, da desconfiança em relação aos imigrantes, não essa sociedade na qual se põem em causa as reformas, os direitos adquiridos da Segurança Social, não essa sociedade na qual os media estão nas mãos dos poderosos.»
Lembra Jean-Paul Sartre: «Somos responsáveis enquanto indivíduos.»
Se calhar, o Homem não muda tão depressa como as tecnologias. Pelo menos, os vícios permanecem!...

Severn Suzuki é da tua geração – o seu discurso foi proferido já em 1992 (cerca de 3 meses antes de eu te conhecer), na Conferência do Rio de Janeiro para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.
Dez anos depois, segundo a Cimeira de Joanesburgo 2002, as principais propostas aprovadas no Eco-92 – Agenda 21 – ainda não tinham saído do papel.
O filme de Severn Suzuki a discursar na Eco-92 passou como imagem de fundo num momento do filme promocional ou de abertura da Cimeira de Copenhaga de 2009. 17 anos depois estava quase tudo por fazer.


Espero que a Severn Suzuki e as suas colegas também eduquem bem os seus filhos.
Talvez essa geração consiga ter sucesso – um conceito abrangente de sucesso, não o estritamente capitalista – e pôr “o discurso” nos livros de História, por as suas ideias estarem a triunfar na realidade. Porque a História, regra geral, é o relato dos vencedores.

Texto de resposta/comentário à Susana P., a propósito do vídeo que pode ser visto abaixo, postado parcialmente no fb.
A minha formação histórica leva-me a simpatizar mais com esta via que me permite facilmente arquivar/(re)encontrar a informação. O fb é a espuma dos dias…




sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dia Internacional dos Museus - Ecomuseu do Seixal


Comemorou-se hoje o Dia Internacional dos Museus.

Este dia coincide com a data do aniversário do Ecomuseu Municipal do Seixal e o Ecomuseu faz 30 anos.

O programa de actividades, iniciado na 2.ª feira passada, estende-se até este Domingo.

Peter Gabriel Barca Velha (e Douro Património)

Peter Gabriel vai estar no 18.º Festival Super Bock Super Rock, no Meco.
PG, um dos fundadores dos Genesis, já com 62 anos, actuará com a The New Blood Orchestra no último dia do festival, a 7 de Julho.
Gostaria de o ver e ouvir, mas, mesmo sem ter ainda 62, já não estou muito virado para estes festivais (nem faço a mínima ideia de quem sejam os outros nomes que vão actuar!).

Nesta altura estou mais para provar o velho novo Barca Velha, da Casa Ferreirinha, de 2004, apresentado na 4.ª feira.
Foi há 60 anos que Fernando Nicolau de Almeida deu início à "colecção" dos Barca Velha.
Mas vou precisar de esperar até Setembro e de estar disposto a pagar 100 euros por uma das 26.068 garrafas do mítico vinho (isto se conseguir chegar a ver alguma das garrafas!).

E pronto: consegui associar num post o Peter Gabriel e o Barca Velha, mas acho que os dois têm alguma coisa a ver um com o outro: ou a idade ou a qualidade... ou as duas coisas juntas.

P.S. - Na falta do Barca Velha, ontem bebi Encostas do Tua (tinto). Bom! E ao nível da minha carteira.
Só espero que a barragem da Foz do Tua, que ensombra o Douro Vinhateiro Património Mundial e ameaça a navegabilidade do Douro, não ameace, também, a produção vinícola da região. Ou vai tudo por água abaixo!...

Curioso que a uma teimosia de Guterres, inauguradora de uma época de governação PS - a preservação "acima das águas" das figuras rupestres de Foz Côa - se oponha uma teimosia de Sócrates, que encerrou uma época de governação PS - a vitória do betão da barragem da Foz do Tua sobre a paisagem do Douro (incluindo a centenária linha do Tua). E Sócrates até foi Ministro do Ambiente de Guterres...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia da Espiga

Segundo a tradição, no Dia da Espiga (coincidente com a 5.ª feira da Ascensão), rapazes e raparigas, logo de manhã, vão para o campo apanhar as espigas, flores campestres e ramos de oliveira para formar um ramo.
Segundo a vida moderna (pelo menos nas cidades) o ramo compra-se. E podemos ficar felizes porque a tradição ainda não se perdeu de todo.

Cada elemento do ramo é um símbolo:

A espiga é o pão, os raminhos de oliveira o azeite e a paz, as várias flores têm diferentes significados, variáveis conforme as regiões, sendo que as mais frequentes nos ramos citadinos são as papoilas (o amor e a vida) e os malmequeres (ouro e prata).
O ramo deve ser guardado (pendurado), até ao Dia de Espiga do ano seguinte.

Meu amor, meu amor

Meu limão de amargura...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Levantar o Céu - Os labirintos da Sabedoria

«As efetivas ameaças que pairam sobre a Humanidade mostram a urgente necessidade de "desvendar ou antecipar o que nos espera" na nossa relação com o Céu e a Terra. Dominamos a matéria, manipulamos as leis físicas, acumulamos o poder e o dinheiro, aperfeiçoamos a racionalidade, e, todavia, o caminho que escolhemos parece conduzir diretamente ao caos.
(...)
É bom acreditar que merece a pena "levantar o Céu", e lembrarmo-nos de que não estamos sozinhos. Felizmente há muitas mulheres e homens neste mundo a tentar unir esforços para manter o contacto entre o Céu e a Terra. É esse o caminho que a sabedoria ensina a percorrer para encontrar a saída do labirinto em que a vida nos coloca.
José Mattoso, Levantar o Céu - Os labirintos da Sabedoria


Um "testamento espiritual"?

Publicidade gratuita

Com a ênfase dada à notícia de mais uma campanha do Pingo Doce, os noticiários de todas as televisões fazem publicidade gratuita ao supermercado.
Soares dos Santos deve estar a rir-se à grande.

Top Secret

Pelo que se tem visto, ouvido e lido (e pelo que se conclui...), as "Secretas" em Portugal são tipo Casa dos Segredos.
Um tesourinho deprimente - mais reality show do que secretas!
E andamos a pagar a estes nababos!

Última hora - empreendedorismo

Li algures que «O empreendedor Passos Coelho vai prometer um Ângelo a cada português.»

domingo, 13 de maio de 2012

Há um mentiroso?!


Mas...
Só um?!
Só este?!

O que não saberemos no futuro - num futuro mais ou menos próximo - da "história" de Miguel Relvas a propósito das "Secretas" (e de outros propósitos...)?

Mas cada país tem o(s) Governo(s) que tem, que merece.
E com a fuga dos melhores cérebros... temos o que temos, teremos o que teremos (se não mudarmos de vida!).

Em cadeira de rodas, mas rápido

O Ministro das Finanças alemão manifestou a sua disposição em assumir a presidência do Eurogrupo quando, em Junho, o 1.º Ministro do Luxemburgo abandonar o cargo.
Quando a CDU da Sr.ª Merkl vai de derrota em derrota nas eleições regionais, o seu ministro já está a assegurar o futuro, não vão os maus resultados estenderem-se às eleições legislativas.



Querer Mudar de vida é... humano(s)


Mudar de vida... mas lá fora!

Na semana passada, o Destak trazia este título de primeira página:


Também tenho a impressão que uma boa parte dos jovens, dos melhores jovens (os mais competentes), encara com naturalidade e como melhor hipótese a procura de oportunidades fora do país. A ideia é mudar de vida, ir para onde encontram reconhecimento do seu valor.
Já são muitos os meus ex-alunos (e filhos de colegas e amigos) que estão a organizar, já estiveram ou estão a pensar organizar, a sua vida no exterior. E há mesmo casos de talento! Não foi preciso esperar pelos conselhos de elementos do Governo para emigrarem.
E nesta globalização de cérebros, Portugal arrisca-se a ficar na periferia. Não é só a nível económico e financeiro que vamos sendo empurrados para as bordas (já lá estamos).
E a este nível é ainda mais grave. Com a continuidade do modelo de globalização cerebral arriscamo-nos a ir borda fora.

sábado, 12 de maio de 2012

Mudar de vida... a pontapé!

Pedro Passos Coelho lamentou que os jovens licenciados portugueses prefiram, na sua maioria, “ser trabalhadores por conta de outrem do que empreendedores”.
Estava, certamente, a lembrar-se do seu próprio exemplo, menino da JSD e amparado por "padrinhos" do partido. Levou um pontapé no ... que o atirou para cima.
Mas Portugal é "uma sociedade movida a favores e cunhas", escreveu ontem Pacheco Pereira.

Passos Coelho acrescentou, ainda, a pérola: “Estar desempregado não pode ser, para muita gente, como é ainda hoje em Portugal, um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria sociedade”.
Estar desempregado é um sinal positivo? Representa uma livre escolha?
Pelo que se vê, Portugal é um país de muitas oportunidades... e oportunistas.
Espero que a sociedade se mova e que Passos Coelho leve um pontapé no ... para o ajudar a mudar de vida!


Aos enfermeiros


Homenagem aos meus/minhas ex-alunos/alunas enfermeiros/enfermeiras.
E são muitos, sobretudo muitas.
... não esquecendo a sobrinha!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Uma perda abrupta

«Ninguém tem mais peso que o seu canto.
A luz agarra-o pela raiz,
arranca-o.
Deixa um grito que embriaga,
deixa sangue na boca.
Que seja a demonia: - a arte mais forte de morrer
pela música, pela
memória.»
                                                   Herberto Helder, Última ciência


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Caetano Veloso - Livros

Formas de (vi)ver os livros...



De costas para a Feira

Hoje feirei.
O vício é maior do que a dita crise.
O Marquês, no cimo do altíssimo pedestal, já se fartou da Feira e prefere olhar o Tejo.


 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dedicado a uma soprano

... que hoje cantou no coro que interpretou o Magnificat de J. S. Bach no I.S.T.




Cortiça no Hyde Park, em Londres


«Os arquitetos suiços Herzog & de Meuron e o artista plástico chinês Ai Weiwi escolherem a cortiça para construir o pavilhão de 2012 da Serpentine Gallery, em Londres e terão a Corticeira Amorim como parceira do projeto.

Quatro anos depois de terem projetado o estádio nacional de Pequim, mais conhecido como o "Ninho do Pássaro", para os Jogos Olímpicos de 2008, o controverso artista chinês e a dupla de arquitetos suíços voltam a trabalhar juntos decididos a aproveitar as potencialidades da cortiça, que descrevem como "um material natural, com fortes mais-valias aos níveis do tacto e do olfacto, de grande versatilidade, o que permite que seja facilmente esculpido, cortado, moldado e formado".»
Expresso on-line, 8 de Maio de 2012