«Uma formiga trabalhava afincadamente, como hábito, quando se cruzou com uma cigarra de ar próspero.
Achou estranho e perguntou-lhe onde ia.
Lesta, a cigarra disse-lhe que seguia para o aeroporto, de partida para Nova Iorque, para uma apresentação de moda.
Despediram-se e a formiga continuou a trabalhar 18 horas por dia, sem folgas, procurando amealhar para os dias maus que se adivinhavam.
Passados uns tempos, encontra novamente a cigarra que lhe disse ter sido fantástica a viagem a Nova Iorque e que, entretanto, já tinha visitado Tóquio e Roma, estando de partida para Paris, em jacto privado. E que, se a formiga quisesse alguma coisa de Paris, estava disponível. A formiga pensou e pediu-lhe: "Olha, se vires por lá o La Fontaine manda-o dar uma curva, da minha parte".
Raul Vaz, Diário Económico, 19 de Junho de 2010 (excerto)
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