Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
sexta-feira, 28 de julho de 2023
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Algumas verdades politicamente incorrectas
E ofenderam-se as virgens púdicas que se dedicam às coreografias e aos jogos florais.
domingo, 9 de julho de 2023
Elton John no adeus aos palcos
Elton John despediu-se dos palcos, ontem à noite, com um concerto em Estocolmo, na Suécia, no qual agradeceu a todos por "52 anos de pura alegria a tocar música". Alguma dessa música também me trouxe alegria, há muitos anos... Agora é mais uma certa nostalgia: Crocodile Rock foi o primeiro single de música pop-rock que comprei.
E terminou com Goodbye Yellow Brick Road (uma dessas músicas).
Há 50 anos, na BBC...
O solista com voz polifónica
sábado, 8 de julho de 2023
José Mattoso (1933-2023) - A visão da História Contemplativa
«A História como totalidade designa a própria Vida do Homem sobre a Terra. É o conjunto de tudo o que é, e tudo o que foi humano. (...)
Tudo tem sentido, tudo pode desencadear a exaltação de quem descobre esse mesmo sentido.
(...) a minha visão da História humana, da História-vivida é contemplativa. (...) Requer um olhar atento, global, pacífico, não interventivo. Um olhar que capta as relações do pequeno com o grande, do singular com o plural, do diferente com o semelhante, do mesmo com o contrário. Um olhar que coloca as coisas na sua ordem, que permite descobrir os géneros e as espécies, que classifica os conjuntos e lhes atribui qualidades. Um olhar que reconhece o movimento e as mutações, sem que a diferença de tempo altere a identidade. Um olhar que compreende os percursos e os destinos da Humanidade, a atração e a repulsa, o amo e o ódio. (...) Só a praxis, a consideração da totalidade, nos introduz na "espantosa realidade das coisas".
José Mattoso, A História Contemplativa
Morreu hoje o Historiador contemplativo.
Historiador mas também cidadão activo, exemplo de empenhamento cívico e um mentor e fonte de inspiração de muitos historiadores.
Fica o seu legado.
Obrigado!
quinta-feira, 6 de julho de 2023
See Pink Floyd play
6 de Julho de 1967 é a data da primeira aparição dos Pink Floyd na BBC, no Top Of The Pops, para promoção do single See Emily play.
Atelier-Museu Júlio Pomar - 10 anos
As obras expostas abrangem diversas épocas e temáticas, "dos cadernos de desenho da infância às grandes pinturas", destacando-se um conjunto de estudos e documentos relativos aos murais criados no Cinema Batalha, no Porto, recentemente recuperados.
Apresentação de Di María
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Tão novinhos que eles eram!
5 de Julho de 1969, os King Crimson, ainda sem qualquer LP gravado, participaram no Festival de Hyde Park em que os cabeças de cartaz eram os Rolling Stones, perante um público estimado entre 250 e 500 mil espectadores (fontes seguras!).
Quando ouvimos a gravação, percebemos que a actuação revela o nervosismo dos novatos e a música arranca um pouco em "ponto de fuga para a frente", com as vozes vacilantes. Mas o apresentador acertou ao dizer que aquela nova banda iria percorrer um longo caminho. Ainda aí anda!
A Robert Fripp parece não ter faltado auto-confiança: considerou o sucesso tinha sido gigantesco, de uma importância que levaria tempo a ser devidamente avaliado. "Nos próximos anos iremos olhar para este dia e perceber plenamente o seu significado.”
De acordo: percebemos o seu significado!
P.S.: Não sei quem é a loura da foto do grupo... nem as pequenas de baixo!
Hyde Park, 5 de Julho de 1969 |
segunda-feira, 3 de julho de 2023
sábado, 1 de julho de 2023
O primeiro Walkman
Há 44 anos, a Sony lançou o Walkman.
O primeiro modelo, o TPS-L2, foi lançado no Japão no 1.º dia de Julho de 1979, chegando aos Estados Unidos no ano seguinte, onde se chamava Soundabout, e depois a outros mercados. No Reino Unido era o Stowaway.
Ficou para a posteridade como Walkman, o nome com que a Sony já o tinha registado.
Foi o primeiro dispositivo a permitir a reprodução de músicas de forma portátil, se não contarmos com... os rádios de pilhas.
O espírito de revolta dos franceses
«A história da França é uma história de guerras incessantes. Guerras pelo território e pelo poder, mas também guerras e rebeliões contra o poder.
(...) Criou-se uma tradição de revolta, que atravessou os regimes políticos, monárquicos e republicanos, e que se sedimentou na subjectividade popular. (...) Desde as jacqueries medievais e um sem-número de revoltas populares dos séculos seguintes, até à Revolução Francesa, e às grandes manifestações de 2023 contra a mudança da idade da reforma, o espírito de revolta do povo francês explode regularmente contra os poderosos, detentores do poder político.
(...) A própria formação da sociedade e do Estado tornam mais complexa a natureza e o desenvolvimento desse traço das subjectividades. (...)
A sociedade francesa não é contra o Estado porque é também, sem dúvida, pró-Estado - mesmo se os franceses desconfiem, em geral, do seu poder soberano. Mas, se é certo que, reactivamente, o espírito de revolta se ergue contra o Estado que, paradoxalmente, o vai alimentando, positivamente exprime o desejo profundo de autonomia e liberdade, sedimentado e reforçado por séculos de lutas concretas e de ideias libertárias.»
José Gil, A sociedade contra o Estado? (Revista Visão História, Junho/Julho 2023)
Franceses que, mais do que nunca, vão constituindo uma mistura étnica/social que parece acentuar os padrões de revolta. Mesmo que às vezes esta se afigure gratuita.