É amanhã...
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
quarta-feira, 30 de junho de 2021
domingo, 27 de junho de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
Idanha-a-Velha
Vídeo sobre as múltiplas intervenções de requalificação de Idanha-a-Velha, entre 1994 e 2010 - "perscrutar arqueologicamente todos os passados".
Idanha-a-Velha - Fundação Marques da Silva
quinta-feira, 24 de junho de 2021
No dia de S. João
Melhores jornalistas seriam mais criteriosos nos títulos
Os próprios autores do estudo sintetizam:
«As principais conclusões do estudo podem ser sumariadas nos seguintes pontos:
• Os principais resultados e as conclusões obtidas para os três ciclos de ensino estudados – 2º ciclo, 3º ciclo e ensino secundário – revelaram-se muito semelhantes em termos qualitativos.
• Confirma-se a importância, entre outras variáveis, do sexo, do nível de rendimento, da nacionalidade e da formação académica dos pais (principalmente da mãe) nos resultados dos alunos.
•É possível obter estimativas de Valor Acrescentado dos Professores mesmo quando existem exames/provas nacionais apenas no início e no final de um ciclo de ensino.
• A “continuidade pedagógica” (manter o mesmo professor nos vários anos do mesmo ciclo de ensino) não tem impacto nos resultados dos alunos.»
Se é verdade que o estudo aborda o impacte dos professores nos resultados dos alunos - e passa pela afirmação (redutora) de "diminuição de negativas" -, a opção do título da capa do Público é medíocre. Reflexo da cultura da nossa sociedade, em geral, e do nosso jornalismo, em particular.
quarta-feira, 23 de junho de 2021
A moda dos passadiços
Não me refiro às modas que compõem o cancioneiro alentejano, apesar desta notícia remeter para o Alentejo profundo.
«Os Passadiços do Pulo do Lobo estão “praticamente concluídos”, prevendo-se a sua inauguração ainda este verão, informa a Câmara Municipal de Serpa à Evasões.
Esta nova estrutura (composta por uma escadaria de madeira com 300 degraus e dois passadiços em sentidos opostos na margem esquerda do rio Guadiana) permitirá aceder com conforto e segurança ao sítio do Pulo do Lobo, uma cascata de 16 metros de altura onde água do rio se precipita com força sobre a rocha.
De acordo com o município, “a estrutura integrará também três zonas de estadia, com miradouros sobre o Guadiana, e duas pontes, uma delas sobre a ribeira do ‘beco do pulo’”. Além do passadiço de madeira serão instaladas sinalética e estruturas interpretativas do espaço natural, destinadas a sensibilizar os visitantes para a importância da conservação e preservação da natureza protegida pelo Parque Natural do Vale do Guadiana.»
Tribuna do Alentejo
domingo, 20 de junho de 2021
sábado, 19 de junho de 2021
Ou arrasamos... ou somos arrasados
P.S. (24 de Junho) - «Eufóricos se a bola entra na baliza – mesmo se não estivermos a falar de futebol – e depressivos quando a bola não entra.» (Luís Osório)
No empate com a França parece-me que ficámos no meio termo...
Francis Smith. Em Busca do Tempo Perdido
No Museu Nacional de Arte Contemporânea, a exposição Francis Smith. Em Busca do Tempo Perdido, aqui apresentada pela directora do museu.
Pouco a pouco, descobriram, separaram, reuniram, seleccionaram uma espécie de abecedário para escrever Lisboa. Uma estranha colecção de sinais que exprimia os aspectos mais característicos da realidade cenográfica lisboeta - escadinhas, arcos, chafarizes, janelas de guilhotina, manjericos, cunhais, roupa estendida, brasões, telhados, estes com abismos e poços de saguão tão imprevistos que já me permitiu um dia propor um desporto novo, o "telhadismo", exploração audaciosa da paisagem de marias-frias, arroz do telhado e musgos vários da nossa Lisboa das trapeiras misteriosas. De posse desta linguagem, qualquer pintor poderia reinventar Lisboa com facilidade. Foi esse o caso de Francisco Smith (também o conheci, o vi, de passagem em Portugal) que, durante anos e anos longe da pátria, em Paris, aplicou com talento pessoal e tintas saudosas, esse alfabeto.»
José Gomes Ferreira
domingo, 13 de junho de 2021
Marcha de Benfica
Aurélia de Sousa vs Santo António
Uma histórica manifestação de afirmação protagonizada por uma artista mulher nascida a 13 de Junho de 1866.
Aurélia de Sousa modelo e personagem.
Escrevo num domingo
É domingo em mim também...»
Livro do Desassossego
Parabéns, Fernando!
sábado, 12 de junho de 2021
Discos - Colheita 71 (2)
Adriano ia enviando os poemas para um quartel perdido no mato do Norte de Angola, onde Niza era alferes-médico.
A capa do disco tem como autor o arquitecto Silva e Castro, capitão miliciano e comandante do quartel de uma companhia a quem José Niza prestava serviço.
Este arquitecto foi conhecendo as canções (antes do próprio Adriano) e ia desenhando as imagens que as canções lhe sugeriam. E a capa ganhou autoria.
"Este disco é um passo enorme em frente. Em todos os aspectos: instrumentação, construção musical, vocalização (onde houve um trabalho muito mais cuidado do que anteriormente da técnica de cantar). Demorou mais tempo a realizar do que normalmente, porque valia a pena, porque eu sabia que estávamos a trabalhar num caminho certo e com segurança. Com segurança graças exactamente à direcção do José Niza que me podia apontar quando é que as coisas estavam certas ou não." (ACO, em entrevista de 1971, à revista Mundo da Canção).
Pela primeira vez, Adriano cantou acompanhado por orquestra, em duas canções, dirigida por Thilo Krasmann e por José Calvário (o primeiro arranjo desde maestro, à época com 20 anos de idade). As restantes canções tiveram acompanhamento de pequenos conjuntos instrumentais sob a direcção de José Niza e de Rui Ressurreição.
"O Outono de 191 foi um outono musical histórico, o Outono da viragem decisiva de mais uma página na evolução da música popular portuguesa. Todos nós tínhamos descoberto que a fase da viola heróica, ou da viola às costas havia de dar lugar a um outro tratamento da forma musical, mantendo logicamente intocável o conteúdo político e socio-político dos textos." (JN)
O disco é um dos imprescindíveis para a compreensão da "nova canção portuguesa", no início dos anos 70.
Escreveu Adriano: "Gente de Aqui e de Agora retrata e canta alguns tipos e situações da sociedade portuguesa actual. (...) Que este cantar valha como denúncia dessas situações para que lhes mudemos o rumo (...)."
O seu cantar valeu: Adriano foi impedido de editar discos até ao 25 de Abril de 1974 e os seus concertos foram sistematicamente proibidos.
Isto está bonito!...
Que experimentem levar no toutiço!
Quererão ter a liberdade de escolher quem lhes pode dar no toutiço?
A liberdade nas mãos da burocracia
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Homens de uma obra só
Agora que já estamos na febre do Euro, alguém se lembrou de Éder.
Mas, marcou só o golo que deu o título mais importante do futebol português. Não precisa de fazer mais nada.
António Torrado (1939-2021)
Atingiu grande destaque na literatura para a infância e juventude, com uma obra de largas dezenas de títulos, amplamente premiada em Portugal e no estrangeiro.
Esteve ligado à recuperação e reinterpretação dos contos tradicionais e à política de promoção da leitura.
Recordo o seu encontro na Paulo da Gama com os meus alunos do 2.º 20, no longínquo ano lectivo de 1987-88, quando os sonhos eram muitos...
Inesquecível sessão, inesquecíveis os trabalhos realizados pelos miúdos. Ainda os guardo.
domingo, 6 de junho de 2021
Arte no Ar
«É uma mensagem poética, porque as mulheres voam sempre, mesmo sem levantar voo.» (Graça Morais)
sábado, 5 de junho de 2021
Listas verdes e as marquises da Europa
Sabemos como funciona.
A Lista Verde, oportunamente adaptada e desadaptada a Portugal, é da autoria dos britânicos.
Funcionou assim (cronologicamente):
7 de Maio - O Reino Unido colocou Portugal na Lista Verde.
13 de Maio - A UEFA anunciou a final da Champions no Porto
29 de Maio - Realizou-se a final da Champions.
3 de Junho - O Reino Unido retirou Portugal da lista verde.
A leitura é muito linear, but...
É sempre melhor pensar que o caminho deve ser aquele que não nos coloca na dependência de variáveis complexas e aleatórias que não podemos verdadeiramente controlar.
Para se evitar a situação de sermos a marquise da Europa, mesmo que seja a marquise do Ronaldo ou a do Cavaco Silva.
Todas as coisas têm o seu mistério
... e a poesia é o mistério de todas as coisas.