«Não sei o dia em que nasci. Nem eu, nem ninguém na minha
família. Ligaram tão pouca importância ao meu nascimento, era uma família tão
grande, que não sabem. Uns diziam que nasci a 1 de Julho, outros no dia 12,
outros a 4 ou a 14. A minha avó dizia que eu tinha nascido no tempo
das cerejas, que vai de Maio a Julho. Então eu escolhi o dia
1 de Julho para fazer anos. Mais tarde, quando tive de tirar papéis para fazer
exame, vinha 23 de Julho. Resolvi
guardar as duas datas, porque assim sempre podia fazer duas festas de anos, com
um vinhito abafado e uns bolos secos.»
Vitor
Pavão dos Santos, Amália (uma
biografia)
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