Fui deambulando pelas ruas,
cruzando canais, seguindo à margem de outros,
em direcção à praça principal,
e a esparsos vultos que da quietude emergem
(como na vista da cidade, com o petit pan de mur jaune)
pergunto onde Vermeer morara.
Ninguém sabia. E fui de rua em rua
até chegar a uma pequena loja
que vendia simples lembranças da cidade
(azulejinhos, porcelanas, etc., para turistas).
A dona por certo saberia.
Ela sorriu, trouxe-me à outra porta
que dava para a grande praça, e mostrou-me
a placa na fachada do prédio.
Jorge de Sena (7/05/1969)
Notas de um regresso à Europa
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