"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 1 de setembro de 2018

A mudança da hora



Organizem um calendário de maneira a que da meia-noite de Domingo se salte para a meia-noite de 6.ª feira (ou "uma coisa em forma de assim").
Até dispensava as férias.



O que quer que seja que se decida terá prós e terá contras, defensores e detractores...
Lembremo-nos que, em 1992, quando Cavaco Silva era 1.º Ministro, Portugal adoptou o horário da Europa central (fuso de Berlim), para "facilitar as comunicações e transportes internacionais".
Até 1996, altura em que o governo de Guterres nos fez regressar à hora do Meridiano de Greenwich, o Sol acordava mais tarde e punha-se lá para as tantas.
E não foi a primeira vez que se verificou esse "alinhamento".

As raízes da mudança da hora estão associadas ao racionamento de energia no período da I Guerra Mundial.
A hora de verão já tinha sido proposta por Benjamin Franklin, para poupar energia (na altura, século XVIII, toneladas de cera de vela), mas só no contexto daquele conflito se concretizaria a mudança da hora.
A poupança energética continua a ser um dos argumentos dos defensores da mudança.

Ilustração de João Vaz de Carvalho


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