"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sorte ou as razões do porquê de ter sido ontem

Eu disse que andava há algum tempo a pensar neste espacinho, mas, então, porquê ontem para começar?


Já tinha havido motivo a propósito de um artigo sobre as apresentações power-point, de uma notícia sobre os níveis dos pólenes, da venda das cinzas do vulcão islandês...

Mas nada como ontem!!!

Esqueci-me do telemóvel em casa e precisava de fazer uma chamada importante!

A caminho da escola, como de costume, alarguei ao comboio e ao barco o meu espaço de escritório e... esqueci-me do bloco de trabalho no barco!

Levei a máquina fotográfica para fotografar a turma do 6.º 8 a pintar a tela para o trabalho de AP e pedi para a guardar no gabinete da Direcção. Quando a aula começou, o gabinete estava fechado e não tinha a máquina. Quando a tive e fui fotografar... verifiquei que tinha deixado o cartão em casa (descarregara-o na véspera e lá ficara).

Quando cheguei a casa tinha um aviso da polícia para levantar uma notificação do tribunal – testemunho de um caso de cagari-cagaró de um vizinho mais chato – o que me deverá obrigar a faltar na 5.ª feira de manhã. Logo numa altura em que o ano lectivo está a chegar ao fim e as 5.ªs feiras estão em extinção.

Fui à estação esperar a Ana e, a caminho de casa, desviei-me do percurso habitual para não passar debaixo de um ramo de plátano onde, nesta época, pousa uma fila imensa de pombos que ameaça a integridade dos descuidados caminhantes – basta ver o chão cheio da caca daqueles passarinhos. Íamos no passeio fronteiro quando senti que algo me caíra no ombro. Olhei para o ombro e, depois, para cima. Dois pombos estavam pousados no alto do candeeiro e acho que se estavam a rir. Devem ter reparado na minha estratégia de fuga ao plátano e um deles cagou-me em cima. “Isso dá sorte”, disse-me a Ana.

Sorte?

E assim comecei.

P.S. - Orquídea, disseste que a Lívia fazia anos hoje. Ei-la, bem acompanhada, na Expo 98.

Turma do 9.º 2 na Expo 98

2 comentários:

  1. Olá Carlos

    Depois da prenda que me enviaste,e pela qual fiquei muito grata, o mínimo que poderia fazer era ... estragar o teu blogue com a minha cara. No entanto, devo dizer, que não era minha intenção arruinar o teu espaço mas, como sou novata nestas andanças, introduzi o meu endereço não me lembrando que também, em tempos, criei um blogue que, como poderás verificar, nunca mais utilizei, mas que agora serviu o propósito de ser a primeira seguidora.

    Falando agora do PERMANENTE REENCONTRO acho que tiveste uma ideia excelente e o início não poderia ter sido mais "auspicioso" embora decorrente de um daqueles dias em que "uma pessoa de manhã não pode à tarde saír à noite".

    Por agora fico por aqui, esperando que amanhã tudo corra bem com o assunto de cagari-cagaró do vizinho.

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  2. Não vale teres tirado a tua segunda imagem como seguidora!
    Vim na viagem de barco a escrever uma mensagem afirmando os 200% de sucesso deste blogue - contei a uma única amiga e ela seguia-me em duplicado! - e eis que já não tenho motivo para editar nada!!! Agora tenho de ir vasculhar as gavetas...

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