"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astrosou para o sorriso das vacas." Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Não consigo ouvir o discurso dos "cheganos" "chegófilos".
Está acima das minhas capacidades físicas e psicológicas: há um irritativo, pela forma e pelo conteúdo. Aceleram-se-me os batimentos cardíacos...
Uma jornalista lembrou uma frase de Salgueiro Maia, em entrevista ao Expresso, antes das eleições de Abril de 1975: «Não há limites para as possibilidades de opção, e se o povo quiser ir para o inferno, é para o inferno que iremos.»
Posso ir para o inferno, mas prefiro ir em silêncio...
«Vais crescendo, meu filho, com a difícil luz do mundo.
Não foi um paraíso, que não é medida humana, o que para ti sonhei.
Só quis que a terra fosse limpa, nela pudesses respirar
desperto e aprender que todo homem, todo, tem direito a sê-lo inteiramente até
ao fim. Terra de sol maduro, redonda terra de cavalos e maçãs, terra generosa,
agora atormentada no próprio coração; terra onde teu pai e tua mãe amaram para
que fosses o pulsar da vida, tornada inferno vivo onde nos vão encurralando o
medo, a ambição, a estupidez, se não for demência apenas a razão; terra
inocente, terra atraiçoada, em que nem sequer é já possível pousar num rio os
olhos de alegria, e partilhar o pão, ou a palavra; terra onde o ódio a tanta e
tão vil besta fardada é tudo o que nos resta; abutres e chacais que do saber
fizeram comércio tão contrário à natureza que só crimes e crimes e crimes
pariam.
Que faremos nós, filho, para que a vida seja mais que a
cegueira e cobardia?»
Eugénio de Andrade
Ao Miguel, no seu 4º Aniversário, e contra o nuclear,
naturalmente
«Em comunidades em rápida transformação, podemos e devemos ser pontos de ancoragem cultural, locais de resistência à homogeneização e ferramentas para a construção de futuros mais justos e colaborativos. Podemos atuar como pontes entre o passado e o futuro, entre o local e o global, entre o individual e o coletivo. (...)
O futuro dos museus não é apenas uma questão de inovação tecnológica, de sustentabilidade e de democracia cultural — é, sobretudo, uma questão de responsabilidade política e de coragem institucional frente à regressão dos direitos universais humanos. O medo sempre foi e será sempre inimigo da liberdade.»
David Felismino,
Presidente do ICOM Portugal [Conselho Internacional de Museus]
A fotografia é da freelancer Samar Abu Elouf e retrata Mahmoud Ajjour, um menino palestiniano com 9 anos em Março de 2024, quando perdeu os braços na sequência de um ataque israelita à faixa de Gaza.
Após quase seis anos de conflitos, o marechal Wilhelm Keitel, chefe do comando supremo das Forças Armadas após 1938 e conselheiro militar de Adolf Hitler, assinou a capitulação sem condições do III Reich, em Berlim, às 23:01 do dia 8 de Maio de 1945.
Quando tanto se fala de conclave, as claves... para estarmos mais afinados, mais consensualizados na música, sem fumo preto.
As claves musicais são os símbolos que aparecem no início das pautas com a função de indicar a altura das
notas - mais graves ou mais agudas.
Existem três claves principais: a clave de sol, a clave de fá e a clave de dó. Cada uma
delas com uma forma diferente e uma história curiosa por detrás.
A clave de sol é a mais
usada. O seu símbolo poderá ter origem na letra “G” que os monges copistas usavam para
indicar a nota sol, muito frequente nos cantos gregorianos. Outra teoria é a de que
ela vem de um símbolo que representava um chifre de carneiro, que era um
instrumento musical antigo. Ainda há quem diga que é uma evolução de um
sinal que indicava a palavra “gamma”, o nome da nota sol em grego.
A clave de fá tem o formato de um “F” meio
torto, e se apoia na quarta linha da pauta, indicando que ali está a nota fá da
terceira oitava.
Uma das teorias sobre a sua origem é a de que deriva de uma cruz que os músicos usavam para
indicar a nota fá, que era a primeira nota da escala hexacordal, um sistema
musical antigo. Outra teoria é que ela vem de um símbolo que representava um alaúde. também pode ser a evolução de um sinal que indicava a palavra “fa”, que era o nome da nota fá em
latim.
A clave de dó tem o formato de um “C”
meio estilizado, e pode aparecer em diferentes posições na pauta, dependendo do
instrumento ou da voz que se quer representar. A partir dessa referência, como as outras claves, podemos identificar as outras
notas na pauta, seguindo a mesma sequência da escala natural ou diatónica, que é a base da música
ocidental.
A clave de dó deriva da letra “C” que os frades copistas usavam para indicar a
nota dó, que era a nota central da escala hexacordal.
As claves, pessoalmente, não me servem para nada. Mas ainda bem que muita gente sabe escrever/fazer música, com agudos, graves ou intermédios. Com claves...
Os atletas da selecção de esgrima sub-23 da Suíça, que perderam na final do campeonato europeu com Israel, não se voltaram para as bandeiras no momento de se ouvir o hino do país vencedor.
Consequências:
- O embaixador suíço em Israel pediu desculpas, salientando que "as cerimónias desportivas não devem ser usadas para passar mensagens políticas".
- A Associação Suíça de Esgrima anunciou que retirou os atletas da lista olímpica e cancelou as suas bolsas.
- Dois grandes patrocinadores cancelaram os contratos com os atletas em causa.
Conclusões:
As mensagens políticas no desporto só servem para algumas ocasiões - quando se cancela a participação de equipas russas, por exemplo, porque a Rússia invadiu a Ucrânia.
As equipas de Israel, esse grande país europeu, podem continuar a participar nas competições europeias, porque em Gaza não se passa nada.
Ah, o poder financeiro dos judeus, que tão respeitado é!
Saúdo a coragem dos atletas suíços pela sua atitude, os quais irão encontrar, certamente, muitas pedras futuras na sua carreira.