"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 25 de junho de 2017

Além do cume

Socorro-me 
das rosas do poema

verso a verso
no forro das palavras

buscando a luz
sedenta
e no seu lume
a encontrar o que há

aquém do nada
para chegar depois

além do cume
Maria Teresa Horta, in Poesis



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Se uma greve incomoda pouca gente, uma fuga incomoda muito mais

A greve dos professores marcada para o dia de ontem foi limitada pela declaração dos serviços mínimos por parte do Governo, atendendo a que iria afectar a realização de provas de exame.
Por outro lado, a situação que o país viveu nos últimos dias tirava todo o impacte que a greve ainda poderia ter.
O sucesso destas greves, em grande parte, mede-se pelo reflexo que têm na comunicação social. 
Os reflexos desta greve iriam ser limitadíssimos. Mas eis que... houve uma fuga de informação!

Na gravação, pode ouvir-se a estudante dizer: «Ó malta, falei com uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores, uma comuna, e diz que ela precisa mesmo, mesmo, mesmo só de estudar Alberto Caeiro e contos e poesia do século XX. Ela sabe todos os anos o que sai e este ano inclusive.»

E assim se vê como uma sindicalista só, uma presidente do sindicato de professores, "uma comuna" (nas palavras da estudante), uma Presidenta empreendedora (diria eu), conseguiu aquilo que as principais estruturas sindicais dos professores não conseguiram.

Agora tem toda a atenção da comunicação social...


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Óscar Lopes e António José Saraiva

Na emissão Vultos da História e da Cultura dos CTT, Óscar Lopes e António José Saraiva.


Dois académicos distintos, autores, em parceria, de “História da Literatura Portuguesa”.
Homenagem mais do que merecida!


Os arqueólogos só empatam!...

Quem explica porquê?
É que parece estranho!...



Canções de Labor e Lazer

E eu tenho o maior prazer em apresentar as Canções de Labor e Lazer, da Ana Catarina.
(pese o atraso com que o faço, mas o tempo e a disposição não têm sido grandes...)

«A canção sempre foi companheira de vida do homem. Parece que nasce já com ela, carrega-a, molda-a de tal forma que, quando esta se solta, vem à superfície com a fisionomia exacta de quem a cantou, com as mesmas dores no corpo que o trabalho curva, as mesmas angústias, amores e crenças. 
As “canções de labor e lazer” não são apenas melodias bonitas e populares, são também memórias de um embalo no berço, de um baile, de uma romaria, do ecoar de vozes de homens e mulheres nos campos sem fim, ao compasso da enxada e da foice.»


Ana Tomás e Ricardo Fonseca apresentam o seu mais recente trabalho “Canções de Labor e Lazer”, com melodias tradicionais e poesia popular portuguesas. As canções que compõem o álbum eram cantadas por homens e mulheres enquanto trabalhavam nos campos, em romarias e procissões, em bailes ou no singelo acto de embalar uma criança. Com arranjos de Ricardo Fonseca, cada canção ganha uma sonoridade nova, com influências de linguagens musicais várias, nunca perdendo, no entanto, a raiz portuguesa tão patente no som único das violas tradicionais por ele interpretadas. Também a voz de Ana Tomás, com formação em canto lírico, e as interpretações de cada instrumentista tornam este álbum singular no panorama da música tradicional portuguesa.





Ana Tomás (voz)
Ricardo Fonseca (cordofones)
Fernando Frias (piano)
Gil Pereira (contrabaixo)
Tiago Araújo (percussão)


“I love the smell of napalm in the morning”


É difícil suportar as reportagens dos incêndios, sobretudo as televisivas, aquelas em que a ignorância, a estupidez e a falta de escrúpulos de alguns ditos jornalistas vem ao de cima.

É difícil suportar tantos comentadores especialistas - passem-lhes uma mangueira para as mãos!

É difícil suportar notícias fantasiosas e os comentários consequentes nas redes sociais, para além dos comentários desconsequentes de quem, devendo ter dois palmos de testa, acredita na primeira patranha que lê, ouve ou vê.

É difícil suportar a filha da putice de determinados artigos jornalísticos de pretensos jornalistas, como o Godofredo Asdrúbal, perdão, o Sebastião Pereira, esse portentoso jornalista, no El Mundo...



... que o Observador, o Expresso, a SIC, etc. reproduzem...


... sublinhando, objetiva e desinteressadamente, as profecias políticas.

Se uma geringonça incomoda muita gente, a possibilidade de duas geringonças incomoda muito mais!...

A não ser que tudo isto seja culpa dos serviços secretos russos...
Ou do calor do Verão!