É “um vasto estudo colectivo do património francês como marca identitária” (Francisco Bethencourt), que, pretendendo reflectir sobre o colectivo, a memória e a identidade, acabou por criar o conceito de lugares de memória.
Ontem, eu reparava no sorriso das vacas...
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
terça-feira, 3 de junho de 2025
Pierre Nora (historiador), 1931 - 2025
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Pink Floyd, Obscured by clouds
Há 53 anos, a edição de Obscured by Clouds.
Álbum poucas vezes referido, mas ainda da fase áurea dos Pink Floyd.
Obscured by Clouds
Uma situação muito comum nos dias que correm...
domingo, 1 de junho de 2025
Exposição "Venham mais cinco" - Almada
quarta-feira, 21 de maio de 2025
De preferência em silêncio...
Não consigo ouvir o discurso dos "cheganos" "chegófilos".
Está acima das minhas capacidades físicas e psicológicas: há um irritativo, pela forma e pelo conteúdo. Aceleram-se-me os batimentos cardíacos...
Uma jornalista lembrou uma frase de Salgueiro Maia, em entrevista ao Expresso, antes das eleições de Abril de 1975: «Não há limites para as possibilidades de opção, e se o povo quiser ir para o inferno, é para o inferno que iremos.»
Posso ir para o inferno, mas prefiro ir em silêncio...
(muito menos cantando e rindo)
terça-feira, 20 de maio de 2025
segunda-feira, 19 de maio de 2025
Prognósticos só no fim do jogo!
Estou a descobrir que, afinal, no PS, quase todos sabiam que a estratégia de Pedro Nuno Santos não era a melhor.
Mas não lhe devem ter dito nada...
domingo, 18 de maio de 2025
Que faremos nós, filho, para que a vida seja mais que a cegueira e cobardia?
«Vais crescendo, meu filho, com a difícil luz do mundo.
Não foi um paraíso, que não é medida humana, o que para ti sonhei.
Só quis que a terra fosse limpa, nela pudesses respirar
desperto e aprender que todo homem, todo, tem direito a sê-lo inteiramente até
ao fim. Terra de sol maduro, redonda terra de cavalos e maçãs, terra generosa,
agora atormentada no próprio coração; terra onde teu pai e tua mãe amaram para
que fosses o pulsar da vida, tornada inferno vivo onde nos vão encurralando o
medo, a ambição, a estupidez, se não for demência apenas a razão; terra
inocente, terra atraiçoada, em que nem sequer é já possível pousar num rio os
olhos de alegria, e partilhar o pão, ou a palavra; terra onde o ódio a tanta e
tão vil besta fardada é tudo o que nos resta; abutres e chacais que do saber
fizeram comércio tão contrário à natureza que só crimes e crimes e crimes
pariam.
Que faremos nós, filho, para que a vida seja mais que a cegueira e cobardia?»
Depois da missa, deu-lhe para a modéstia
Dia Internacional dos Museus 2025
sábado, 17 de maio de 2025
17 de Maio (com o Sporting campeão)
Confirmou-se...
Mas hoje será o dia em que mais facilmente aceito o título do Sporting:
Porque alguém, no seu 100.º aniversário, ficaria feliz...
Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente.»
António Ramos Rosa, Mãe
sexta-feira, 16 de maio de 2025
A fotografia vencedora do World Press Photo 2025
Ridiculamente patético!
domingo, 11 de maio de 2025
Tendências...
Prognósticos, só depois de...! Mas...
Prevejo uma semana em que, no final, deverei ter dois desapontamentos: um mais fútil, o futebolístico, outro mais relevante, o político.
As duas situações em tempos idos...
sábado, 10 de maio de 2025
Oh, não!
sexta-feira, 9 de maio de 2025
9 de Maio - Dia de uma aristocrata decadente
Dia da Europa, uma pseudo-potência iludida, à margem por auto-submissão.
O mapa-mundo deve ser visto de outras perspectivas, não com a Europa no centro.
quinta-feira, 8 de maio de 2025
Dia da Vitória na Europa
Com clave, para acertar a altura das notas musicais
Quando tanto se fala de conclave, as claves... para estarmos mais afinados, mais consensualizados na música, sem fumo preto.
As claves musicais são os símbolos que aparecem no início das pautas com a função de indicar a altura das notas - mais graves ou mais agudas.
Existem três claves principais: a clave de sol, a clave de fá e a clave de dó. Cada uma delas com uma forma diferente e uma história curiosa por detrás.
A clave de sol é a mais usada. O seu símbolo poderá ter origem na letra “G” que os monges copistas usavam para indicar a nota sol, muito frequente nos cantos gregorianos. Outra teoria é a de que ela vem de um símbolo que representava um chifre de carneiro, que era um instrumento musical antigo. Ainda há quem diga que é uma evolução de um sinal que indicava a palavra “gamma”, o nome da nota sol em grego.
A clave de fá tem o formato de um “F” meio torto, e se apoia na quarta linha da pauta, indicando que ali está a nota fá da terceira oitava.
Uma das teorias sobre a sua origem é a de que deriva de uma cruz que os músicos usavam para
indicar a nota fá, que era a primeira nota da escala hexacordal, um sistema
musical antigo. Outra teoria é que ela vem de um símbolo que representava um alaúde. também pode ser a evolução de um sinal que indicava a palavra “fa”, que era o nome da nota fá em
latim.
A clave de dó tem o formato de um “C” meio estilizado, e pode aparecer em diferentes posições na pauta, dependendo do instrumento ou da voz que se quer representar. A partir dessa referência, como as outras claves, podemos identificar as outras notas na pauta, seguindo a mesma sequência da escala natural ou diatónica, que é a base da música ocidental.
A clave de dó deriva da letra “C” que os frades copistas usavam para indicar a nota dó, que era a nota central da escala hexacordal.
As claves, pessoalmente, não me servem para nada. Mas ainda bem que muita gente sabe escrever/fazer música, com agudos, graves ou intermédios. Com claves...
É um gosto ouvir!
Com vista p'ros autocarros!
É bom que o fumo branco saia pela chaminé até Sábado!
No Sábado, as televisões portuguesas querem transmitir as imagens das traseiras dos autocarros do Benfica e do Sporting.
Que o Papa não atrapalhe!
quarta-feira, 7 de maio de 2025
Com vista p'ra chaminé!
segunda-feira, 5 de maio de 2025
domingo, 4 de maio de 2025
Esse país europeu que é Israel
Os atletas da selecção de esgrima sub-23 da Suíça, que perderam na final do campeonato europeu com Israel, não se voltaram para as bandeiras no momento de se ouvir o hino do país vencedor.
Consequências:
- O embaixador suíço em Israel pediu desculpas, salientando que "as cerimónias desportivas não devem ser usadas para passar mensagens políticas".
- A Associação Suíça de Esgrima anunciou que retirou os atletas da lista olímpica e cancelou as suas bolsas.
- Dois grandes patrocinadores cancelaram os contratos com os atletas em causa.
Conclusões:
As mensagens políticas no desporto só servem para algumas ocasiões - quando se cancela a participação de equipas russas, por exemplo, porque a Rússia invadiu a Ucrânia.
As equipas de Israel, esse grande país europeu, podem continuar a participar nas competições europeias, porque em Gaza não se passa nada.
Ah, o poder financeiro dos judeus, que tão respeitado é!
Saúdo a coragem dos atletas suíços pela sua atitude, os quais irão encontrar, certamente, muitas pedras futuras na sua carreira.
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Tony, meu nome é Tony Spinumviva..
de toda a música ró...
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Maio
«A gente estava em maio. Quero bem a esses maios, o sol bom, o frio de saúde, as flores no campo, os finos ventos maiozinhos.»
Madredeus, Maio, Maduro Maio (de José Afonso)
quarta-feira, 30 de abril de 2025
Dia Internacional do Jazz
Campanha eleitoral em tempo de apagão
Líder da luta anticolonialista... avant la lettre
Onze pessoas morreram em Vancouver, na noite de Sábado, na sequência de atropelamento provocado por um condutor que "atirou" o carro contra uma multidão que participava num festival da comunidade filipina - o Lapu Lapu Day Block Party.
Diz o Diário de Notícias que o festival "presta homenagem a um líder da luta anticolonialista do século XVI nas Filipinas."
Esse líder, de nome Lapu Lapu ou Celapulapu, era um rajá que reinava na ilha de Mactan, uma ilhota do arquipélago das filipinas.
Na sua viagem de circum-navegação, Fernão de Magalhães, na sua procura pelas ilhas Molucas, foi dar às Filipinas (Março de 1521) e estabeleceu óptimas relações com Humabon, rei de Cebu, ilha fronteira a Mactan, que converteu em súbdito do imperador Carlos V. Numa cerimónia religiosa de pompa e circunstância, Humabon foi convertido ao cristianismo, adoptando o nome de Carlos.
Para demonstrar o valor de ser súbdito de Carlos V, Magalhães propôs-se realizar uma operação militar com cerca de 60 dos seus homens contra Celapulapu, submetendo este senhor rebelde que recusara prestar vassalagem ao rei de Cebu (e, indirectamente, a Carlos V).
Esta intervenção pecou por excesso de confiança face às centenas de nativos de Mactan que resistiram ao ataque. Depois...
«Os nativos entretanto foram-se aproveitando do cansaço dos invasores, os quais sofriam com o peso das armaduras muito quentes naquele clima tropical durante um combate prolongado em que os nativos atacavam incessantemente os poucos inimigos que ali estavam. Eles acabaram por se aproximar em grande número, tendo começado por ferir Magalhães com uma seta na perna direita que estava desprotegida. Depois ele recebeu outras feridas, nomeadamente no braço direito e na perna esquerda, o que o levou a cair e a receber tantos golpes dos numerosos assaltantes que acabaram por o matar, enquanto os companheiros fugiam com água pelos joelhos. Segundo um testemunho, o golpe final teria sido dado por uma lança na garganta.» (José Manuel Garcia)
«Foi desta forma absurda, no momento mais alto e soberbo de realização, que terminou a vida do maior navegador da História: numa miserável escaramuça com uma horda de insulanos nus. Um génio que, à semelhança de Próspero, dominou os elementos, venceu todas as tempestades, submeteu gentes e povos, é abatido por um ridículo insecto humano, Cilapulapu! (...)» (Stefan Zweig)
Estávamos em 27 de Abril de 1521. Celapulapu foi transformado em herói nacional filipino.
As Filipinas, arquipélago que foram alvo de um processo de colonização espanhol iniciado por Magalhães. O seu próprio nome deriva do de Filipe II de Espanha.
Lapulapu acabou por ser considerado, retroactivamente, o primeiro herói filipino e, em 27 de Abril de 2017, o Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, declarou esta data como o Dia de Lapulapu, o primeiro filipino a opôr-se ao domínio estrangeiro.
Nunca ele teria pensado nisso!...
Os monumentos de Cebu e de Mactan exprimem uma dualidade entre a celebração da chegada dos espanhóis que colonizaram o arquipélago e deixaram uma forte herança católica e a celebração (do símbolo) de quem lutou contra os mesmos espanhóis e venceu o seu primeiro capitão, por acaso (na verdade, não tanto por acaso...), português.