segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A lenta-velocidade da nossa vida

A pressa febril da vida moderna


«A lentidão da nossa vida é tão grande que não nos consideramos velhos aos quarenta anos. A velocidade dos veículos retirou velocidade às nossas almas. Vivemos muito devagar e é por isso que nos aborrecemos tão facilmente. A vida tornou-se para nós uma zona rural. Não trabalhamos o suficiente e fingimos trabalhar demasiado. Movemo-nos muito rapidamente de um ponto onde nada se faz para outro onde não há nada que fazer, e chamamos a isto a pressa febril da vida moderna. Não é a febre da pressa, mas sim a pressa da febre. A vida moderna é um lazer agitado, uma fuga ao movimento ordenado por meio da agitação.»
Fernando Pessoa, Heróstrato e a busca da imortalidade


Fernando Pessoa morreu há 80 anos.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Melhor é possível



Como disse um amigo meu, havia um título melhor: «Monhé chama preta, cega e cigano para o governo».


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

25 de Novembro

«Em 25 dias do dito mês de Novembro, um sábado à tarde, dia de Santa Catarina, entrámos em a angra de São Brás, onde estivemos treze dias, porque nesta angra desfizemos a nau que levava os mantimentos e os recolhemos aos navios.»

Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama, por Álvaro Velho



À espera...

Quando, 40 anos depois do 25 de Novembro de 1975, se dizia que Cavaco Silva iria "comemorar" o dia com a nomeação de um governo de gestão - um segundo 25 de Novembro - eis que o dia foi de aceitação da proposta de governo apresentada por António Costa.

Espero que seja, de facto, o início de um novo ciclo.
(para melhor),
apesar de todas as dificuldades que terá de enfrentar.
Mas, foguetes...
só no fim!!
Os governos do século XXI têm sido maus demais!...


terça-feira, 24 de novembro de 2015

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O bárbaro

A propósito de situações que se repetem (ou como o antigo pode ser actual)...



Nunca digas nunca




«Eu nunca tenho dúvidas e raramente me engano.»

A frase dita por Cavaco Silva teria sido esta, em entrevista ao Diário de Lisboa de 22 de Maio de 1990, e não a que mais vezes por aí corre "Nunca me engano e raramente tenho dúvidas." 
Mas parece que foi esta última versão que saiu como título do jornal. Cavaco negou que a tenha dito.

Quem explicitou a troca do "nunca" e do "raramente" foi José António Saraiva, no Expresso de 29 de Maio de 1993.

Mas é sempre melhor nunca dizer nunca!
Sempre?


domingo, 22 de novembro de 2015

Hail, bright Cecilia!

Diz o Borda d'Água que às 15.26 h o Sol entrou em Sagitário.
O dia é de St.ª Cecília, protectora dos músicos.




Proximidades - as bandeiras francesas e o pé da Luisinha Carneiro

Várias pessoas, nas redes sociais (e falo do fb), acusam outras de hipocrisia, porque estas últimas coloriram a sua foto com as cores da bandeira francesa em sinal de solidariedade com os franceses, após os atentados do passado dia 13.
Para sustentar essa acusação, lembram os atentados noutros territórios, nomeadamente em vários pontos de África.
Pintar uma bandeira ou colocar uma foto de Paris ou outra imagem alusiva... vale o que vale. Para alguns pode servir de lenitivo. Outros participam, apenas, do momento.
Sentir o que acontece em Paris mais do que aquilo que acontece em África (Mali, Nigéria, Camarões...) parece-me natural. Em África, se for em alguma das nossas antigas colónias, certamente que a reacção será mais emotiva. Há uma proximidade geográfica e afectiva em relação a quem tem mais afinidades connosco, está mais perto, pertence ao "nosso mundo" nesse outro mundo mais vasto.
Quando li a tal acusação de hipocrisia por parte de um ex-aluno já crescidinho (e não foi feita a mim, que não "partilhei" aí o momento), lembrei-me de um texto de Eça de Queirós que eu costumava trabalhar nas turmas a quem leccionava Português.

O texto é este:
(pode estar com algumas adaptações em relação ao original)

Bem recordo uma noite em que, numa vila de Portugal, uma senhora lia, à luz de um candeeiro, que dourava mais radiantemente os seus cabelos já dourados, um jornal da tarde. Em torno da mesa outras senhoras costuravam.
Espalhados pelos sofás e no divã, três ou quatro homens fumavam, na doce indolência do tépido serão de Maio. E pelas janelas abertas sobre o jardim entrava, com o sussurro das fontes, o aroma das roseiras. No jornal que o criado trouxera e ela nos lia, abundavam as calamidades. Era uma dessas semanas também em que pela violência da natureza e pela cólera dos homens se desencadeia o mal sobre a Terra.
Ela lia as catástrofes lentamente, com a serenidade que tão bem convinha ao seu sereno e puro perfil latino. “Na ilha de Java um terramoto destruíra vinte aldeias, matara duas mil pessoas…”. As agulhas atentas picavam os estofos ligeiros; o fumo dos cigarros rolava docemente na aragem mansa; e ninguém comentou, sequer se interessou pela imensa desventura de Java. Java é tão remota, tão vaga no mapa! Depois, mais perto, a Hungria, “um rio transbordara, destruindo vilas, searas, os homens e os gados…”. Alguém murmurou, através de um lânguido bocejo: “Que desgraça!”. A delicada senhora continuava, sem curiosidade, muito calma, aureolada de ouro pela luz. Na Bélgica, numa greve desesperada de operários que as tropas tinham atacado, houvera entre os mortos quatro mulheres, duas criancinhas… Então, aqui e além, na aconchegada sala, vozes já mais interessadas, exclamaram brandamente: “Que horror!... Estas greves!... Pobre gente!...”. De novo o bafo suave, vindo de entre as rosas, nos envolveu, enquanto a nossa amiga percorria o jornal atulhado de males. E ela mesmo teve um oh de dorida surpresa. No sul de França, “junto à fronteira, um trem descarrilando causara três mortos, onze ferimentos…”. Uma curta emoção, já sentida, já sincera, passou através de nós com aquela desgraça quase próxima, na fronteira da nossa península, num comboio que desce a Portugal, onde viajam portugueses… Todos lamentámos, com expressões já vivas, estendidos nas poltronas, gozando a nossa segurança.
A leitora, tão cheia de graça, virou a página do jornal doloroso e procurava noutra coluna, com um sorriso que lhe voltara, claro e sereno… E, de repente, solta um grito, leva as mãos à cabeça:
- Santo Deus!...
Todos nos erguemos num sobressalto. E ela, no seu espanto e terror, balbuciando:
- Foi a Luísa Carneiro, da Bela Vista… esta manhã! Desmanchou um pé!
Então a sala inteira se alvorotou num tumulto de surpresa e desgosto.
As senhoras arremessaram a costura; os homens esqueceram charutos e poltronas; e todos se debruçavam, reliam a notícia no jornal amargo, se repastavam da dor que ela exalava!... A Luisinha Carneiro! Desmanchara um pé! Já o criado correra, furiosamente, para a Bela Vista, buscar notícias por que ansiávamos. Sobre a mesa, aberto, batido da larga luz, o jornal parecia todo negro, com aquela notícia que o enchia todo, o enegrecia.

Eça de Queirós, Cartas Familiares



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Joyeuse Entrée

O Museu Nacional de Arte Antiga mostra-nos Joyeuse Entrée, uma pintura que retrata a (futura) entrada triunfal de Filipe II em Lisboa, em 1619.
Futura porque a pintura é de 1613... mas descreve a primeira visita de Filipe II (Filipe III de Espanha) a Portugal, realizada 6 anos depois.

A pintura é apresentada pela 1.ª vez em Portugal, proveniente do Castelo de Weilburg (Alemanha)

O rei teve esta viagem prevista 5 vezes, antes de a concretizar em 1619.
Miguel Soromenho, historiador de arte, pensa que o quadro corresponde ao que de facto se fez quando da vinda do rei e que o mesmo terá sido levado a Madrid para apresentar a Filipe II aquilo que iria ser a sua entrada em Lisboa.
O rei chegaria pelo Tejo, entrando na cidade pela zona do actual Cais das Colunas.
A vista panorâmica da cidade engalanada é "tirada" do rio - como tantas vezes o foi - embora tenha uma perspectiva fora do comum. Quase diria que foi "tirada" do morro de Cacilhas.

Dá para lembrar o que Damião de Góis escreveu, em 1554:
«E assim a cidade abrange em semelhante espaço cinco colinas e outros tantos vales muito férteis e agradáveis (...).
Não considero, porém, que seja fácil delinear-lhe a configuração e descrevê-la, já que assenta em solo acidentado e desigual. Contudo, se alguém, com olhar firme e desanuviado, quiser atentar na sua implantação e forma, a partir da povoação de Almada, que, como assinalámos, se encontra na parte de além do estuário, verificará com certeza que, sobretudo na parte que se desenrola pela cidade, ela apresenta uma verdadeira configuração de bexiga de peixe.» 
Elogio da cidade de Lisboa


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Juanita Banana

Em resposta à Chiquita... temos a Juanita.



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Caminhamos para a perfeição




Cavaco Silva recebeu 7 banqueiros, vai receber 7 economistas e as delegações dos 7 partidos com representação parlamentar.

O número 7 corresponde, entre muitas outras coisas, aos 7 graus de perfeição.
«Sete designa a totalidade das ordens planetárias e angélicas, a totalidade das moradas celestes, a totalidade da ordem moral, a totalidade das energias e principalmente na ordem espiritual. (...) Simboliza um ciclo completo, uma perfeição dinâmica. Cada período lunar dura sete dias (...)
O número sete é característico do culto de Apolo; as cerimónias apolíneas celebravam-se no sétimo dia do mês. Na China, também, as festas populares tinham lugar num sétimo dia. O sete aparece em inúmeras tradições e lendas gregas: as sete Hespérides, as sete portas de Tebas, os sete filhos e sete filhas de Níobe; as sete cordas da lira, as sete esferas, etc. Há sete emblemas de Buda. As circum-ambulações de Meca compreendem sete dias. Encontra-se expresso no hexograma, se contarmos o centro. A semana tem seis dias activos, mais um dia de repouso, representado pelo centro; o céu tem seis planetas (no cômputo antigo) estando o Sol no centro; o hexagrama tem seis ângulos, seis lados ou seis pontas de estrelas, com o centro desempenhando o papel de um sétimo; as seis direcções do espaço têm um ponto mediano ou central, que dá o número sete. Simboliza a totalidade do espaço e a totalidade do tempo.
Associando o número quatro, que simboliza a Terra (com os seus quatro pontos cardeais) e o número três, que simboliza o céu, sete representa a totalidade do universo em movimento.
O septenário resume também a totalidade da vida moral, adicionando as três virtudes teologais, a fé, a esperança e a caridade e as quatro virtudes cardeais, a prudência, a temperança, a justiça e a força.
As sete cores do arco-íris e as sete notas da gama diatónica revelam o septenário como um regulador das vibrações, das quais várias tradições primitivas fazem a própria essência da matéria.
(...) Tendo criado o Mundo em seis dias, Deus descansou no sétimo e fez dele um dia santo: o sabbat não é, portanto, verdadeiramente um descanso exterior à criação, mas o seu coroamento, a sua conclusão na perfeição.»
Dicionário dos Símbolos




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Está aberta uma crise!!!

Este blog passa a ter um cabeçalho de gestão.

Cavaco Silva elogia bananas da Madeira e vaquinhas da Graciosa fogem, com crise de ciúmes!




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O que é isso comparado com os outros?



«Outros foram torturados até à morte e recusaram-se a aceitar a libertação. Queriam ressuscitar para uma vida melhor. Outros ainda sofreram escárnios, foram vergastados, atados e postos na cadeia. Foram apedrejados, serrados ao meio e mortos à espada. Andavam de terra em terra, vestidos de peles de ovelha e de cabra, sofriam necessidades, aflições e maus tratos.»
Hebreus 11:36-37


domingo, 15 de novembro de 2015

Uma boa notícia

Para contrariar a tendência negativa das notícias sobre educação em Portugal (e para levantar o astral...)


Acreditemos que, no futuro, estes jovens façam melhor as contas e evitem os buracos como o do post anterior.


Injecções para tapar buraco

É medicina financeira!


E é um buraco que parece não ter fundo...

AGORA vão tentar vender a magnífica instituição, que não resiste aos testes de stress. Deve estar ao preço da uva mijona!

Só não compreendo porque (Governo e Banco de Portugal) provocaram tão rapidamente a demissão de Vítor Bento, escolhido em Julho de 2014 para liderar o BES/Novo Banco e demissionário em Setembro, apenas dois meses depois.
Recordo que Vítor Bento se demitiu, porque não queria uma venda rápida do banco, mas antes um plano de médio prazo, para depois o vender em melhores condições.
Pediu tempo, o que não lhe deram. Mas o tempo tem passado e... mais de um ano depois, o banco está por vender e parece estar em piores condições.

Mas eu, tal como Jesus Cristo no poema de Fernando Pessoa, não percebo nada de finanças!
(embora tenha uma bibliotecazinha...)


Prémio do Vaticano para o Campo Arqueológico de Mértola

O Campo Arqueológico de Mértola (CAM) recebeu, na semana que passou, o prémio das Academias Pontifícias do Vaticano pelo trabalho que tem dedicado aos primeiros séculos do Cristianismo, fruto das campanhas arqueológicas conduzidas ao longo dos 40 anos de vida do CAM.
Representantes do Vaticano já se tinham deslocado a Mértola para se inteirarem do trabalho desenvolvido pelos arqueólogos e outros investigadores portugueses.


Os estudos centram-se num "período escuro" (pelo desconhecimento) da nossa História, na opinião do arqueólogo Cláudio Torres, o director do CAM.
A curiosidade das descobertas é o facto de as conclusões apontarem, não para uma ruptura na comunidade provocada por uma grande invasão árabe, para um processo de conversão dessa comunidade, cristã, ao islamismo.

O cristianismo das primeiras comunidades cristãs de Mértola, marcado pela presença das seitas cristãs monofisitas (não seguidoras do cristianismo de Roma), e o islamismo teriam semelhanças que facilitaram essa conversão. Cláudio Torres falou num culto religioso paralelo e que tinha lugar no mesmo templo - haveria um mundo cristão/muçulmano muito ligado, como o provam os testemunhos arqueológicos.
«(...) a arqueologia, habitualmente, fala mais verdade do que os livros.» (Cláudio Torres)

Segundo baptistério encontrado em Mértola (a 50 m do primeiro e, também,
dos princípios do Cristianismo - finais do séc. V e início do séc. VI),
o que indicia a existência de mais do que uma comunidade cristã.

Que a distinção do Vaticano funcione como um estímulo ao trabalho dos investigadores, já que os apoios necessários ao desenvolvimento do seu trabalho não têm existido por parte do Governo, segundo disse Cláudio Torres.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Les loups sont entrés dans Paris

Impossível aceitar o que está a acontecer em Paris...



O silêncio

A falta que - muitas vezes - o silêncio faz.



Açores


Presidente vai ouvir os cagarros

Depois de ouvir os partidos, as associações patronais, as organizações sindicais e outros representantes das nossas elites sociais, mas antes de se decidir ou de dar conta da sua decisão - porque tinha previsto todos os cenários, numa reflexão que o impediu de estar presente nas cerimónias do dia da República -, Cavaco Silva volta à Madeira para... ouvir os cagarros!


É pouco provável que vá, ainda, aos Açores. 
As vaquinhas são mais dadas aos sorrisos...


Delírios



«O homem prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura.»
Provérbios 13:16


Eleições com instruções

Isto de as pessoas não votarem em quem nós queremos é uma chatice. 
Eu também não gostei do resultado das últimas eleições, pelas razões contrárias às deste senhor.
Mas fiquei satisfeito por ninguém ter uma maioria absoluta. 


Não é fácil aceitar as escolhas dos outros quando não coincidem com as nossas.
E para este senhor deve ser difícil, até, aceitar que as pessoas votem, porque podem votar "nas esquerdas".
Já governar sem uma maioria absoluta é tão árduo, quanto mais poder haver uma maioria de sinal contrário!

Então...
Vamos votar outra vez, para ver se as pessoas votam como a gente quer clarificadamente.

Se for preciso, vote-se uma terceira vez, uma quarta... até o resultado ser o desejado.
Se não se conseguir... "Que se lixem as eleições!"


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

As esganiçadas e o azeiteiro

A votação da moção de rejeição do programa do Governo, na Assembleia da República, voltou a aquecer os ânimos.
Quando os ânimos aquecem... o nível baixa.

"Aqui entre nós que ninguém nos ouve" - Afinal, foi ouvido!

A crónica de Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias de hoje:

«Esganiçadas as do Bloco de Esquerda? Não me parece. Mas disse-o Pedro Arroja, economista, entrevistado no Porto Canal, sobre dirigentes e deputadas do BE... As que conheço de ouvido (que é a forma de captar o ganido) nenhuma esganiça. Mas também é verdade que só me lembro de ter ouvido três dirigentes bloquistas. A Catarina Martins - por sinal, a voz mais clara e harmónica da política portuguesa, ouve-se cada palavra que diz. É actriz, mas até essa experiência ela tem vencido e cada vez é menos teatral. Em todo o caso, não esganiça. Já ouvi também Marisa Matias, que tem até voz de baixa frequência , com aquela disfonia a que chamamos rouquidão, perigosamente (mas é lá com ela) perto do falar das tias de Cascais. E ouvi a Mariana Mortágua, sempre por televisão, o que é mau para quem quer ouvi-la, ela é daquelas pessoas que roubam as câmaras e prendem-nos o olhar. Mas fazendo esforço já a ouvi, um falar baixo, ciciado. Esganiçadas as do BE? Não me parece. Mas defendo o direito de Pedro Arroja achá-las esganiçadas e dizê-lo. Embora ele devesse ser prudente para não se enganar tanto em público. Por exemplo, todo o Pedro Arroja parece-me unhas e esse todo pode dar-lhe ar de azeiteiro. Eu não o diria. Porém, a seguir ele disse: "Eu não queria nenhuma daquelas mulheres, já tenho pensado, eu não queria nenhuma daquelas mulheres, nem dada. Nem dada!" Agora já posso dizê-lo: ele teve ar de azeiteiro.»

Foi uma boa análise económica.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um Modigliani acima das minhas possibilidades

Eu queria ter sido o milionário chinês...
A notícia (do Expresso) até vem na secção de economia!


O segundo valor mais alto de sempre conseguido num leilão de arte.
E lembrar que Modigliani foi (mais) um artista que morreu na miséria...


terça-feira, 10 de novembro de 2015

"Novembro é quanta cor o céu consente"

Mário Viegas nasceu a 10 de Novembro.


E eu quero acreditar que no meu país qualquer coisa está a acontecer...
(e penso que o Mário Viegas também quereria...)


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Encostados à nostalgia do fresco da tarde


Tejo, lombada do meu poema aberto em páginas de sol
Almada Negreiros






domingo, 8 de novembro de 2015

Sol em Lisboa (da Graça à Mouraria)

Da Graça à Mouraria, depois descendo à Baixa...












... como cavalos à desfilada.


Sam Shaw - 60 anos de fotografia


Uma surpresa de exposição, por ter ido - levado, levado sim (felizmente!) - sem antes me ter informado sobre o fotógrafo em questão.
Sam Shaw nasceu em 1912, tendo falecido em 1999. Na vida, entre as muitas variadas coisas que fez, fotografou extraordinariamente durante seis décadas.
O cinema e as suas estrelas foram tema recorrente do seu trabalho, mas também músicos, escritores, pintores, os movimentos anti-apartheid e anti-guerra do Vietname, viagens (nomeadamente, Paris - local de rodagem de filmes de que foi produtor - e Espanha), etc.

É de Sam Shaw a célebre fotografia de Marilyn Monroe sobre o respirador do metropolitano, com as saias esvoaçando... Foto "ensaiada" e usada em O pecado mora ao lado (1954).



As filhas e a neta fundaram o Shaw Family Archives, com o objectivo de preservar e promover a notável colecção das suas fotografias.
O Centro Cultural de Cascais foi o primeiro local na Europa a expor uma selecção de mais de 200 fotografias de Sam Shaw.








sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A noite e a casa - Sophia

A noite reúne a casa e o seu silêncio
Desde o alicerce desde o fundamento
Até à flor imóvel
Apenas se ouve bater o relógio do tempo

A noite reúne a casa a seu destino

Nada agora se dispersa se divide
Tudo está como o cipreste atento

O vazio caminha em seus espaços vivos
Sophia de Mello Breyner, Geografia


Sophia nasceu a 6 de Novembro.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Aniversário de "monstros"

Nunca pensei viver para ver isto:
a liberdade - (e as promessas de liberdade)
restauradas. Não, na verdade, eu não pensava
- no negro desespero sem esperança viva - 
que isto acontecesse realmente. Aconteceu.
E agora, meu general?

(...)
Jorge de Sena


«O primeiro plano da minha existência é uma colecção de cenas e figuras esboçadas nas brumas da memória. Mas estes esboços têm uma realidade viva que profundamente me comove!»
Teixeira de Pascoaes, Livro de Memórias






Jorge de Sena e Teixeira de Pascoaes, ambos nascidos a 2 de Novembro.
Dois "monstros" da literatura portuguesa.



November



Mosaico dos Meses (pormenor), El Djem, Tunísia, séc. III d.C.