sábado, 30 de novembro de 2013

À Bica

Bairro da Bica, entenda-se...





sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Claudio Monteverdi

370 anos após a sua morte.




Lamento della Ninfa
(do oitavo livro de madrigais - Madrigali guerrieri ed amorosi - 1638)

Pela voz inesquecível de Montserrat Figueras


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Marão


Serra do Marão

Nos princípios do outono, quando as nuvens
Aparecem nos montes revestidos
De folhinhas doiradas, e, nos vales,
Há frios tons de cinza, humedecidos,
Chegou, já tarde, a um sítio, com pinheiros,
Fragas cheias de musgo, tojo bravo,
Que domina dois íngremes outeiros,
Um rio, verdes campos e a montanha.
Teixeira de Pascoaes, Marânus


Repete, repete...

"... mas o Tejo é sempre novo."



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Eça de Queirós

25 de Novembro de 1845, nascia, na Póvoa do Varzim, José Maria de Eça de Queirós.


A sua arte realizou o seu legítimo desejo de não ser apagado de todo pela morte.


Banda do Casaco - Grande edição

Foram hoje lançadas duas caixas de luxo onde se pode encontrar a discografia integral da Banda do Casaco.
São sete álbuns remasterizados, desde Dos benefícios dum vendido no Reino dos Bonifácios (1975) a Banda do Casaco com Ti Chitas (1984).
As caixas incluem, ainda, gravações nunca editadas de projectos musicais que antecederam a Banda, um DVD com telediscos, excertos de actuções ao vivo (raras) e na televisão e 4 pequenos livros com textos vários sobre a Banda, as letras das canções e fichas técnicas.

Pela sua produção, podemos seguir "a história de uma banda que alguns viram como coisa estranha. Que juntava ideias sonoras de várias fontes rumo a um patamar que tanto reflectia sobre o real como nos transportava por caminhos mais surrealistas. Que comentava e criticava o presente do mundo ao seu redor, mas que ao mesmo tempo nos libertava pelas sensações do som." (Nuno Galopim)

Uma barrigada de Banda do Casaco.
Um desfrute de óptima música, do melhor que já se fez em Portugal e com raízes portuguesas.



E eu, finalmente, consegui ter os Contos da Barbearia, o disco que me faltava.


Vieira da Silva homenageada

E por cultura...
O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa esteve em Paris, ontem, tendo descerrado uma placa que assinala a casa onde a pintora Maria Helena Vieira da Silva viveu e trabalhou - Rua l'Abbé Carton, n.º 34.
Vieira da Silva e Arpad Szenes
na casa da rua l'Abbé Carton (1983)


Registe-se que Helena Vieira da Silva, nascida em 1908 na cidade de Lisboa, passou a ter a nacionalidade francesa em 1956. Por cá governava outro homem culturalmente limitado...
A pintora viria a ser galardoada com o Grande Prémio Nacional das Artes, atribuído pelo Governo francês. Morreu em Paris, em 1992.

Vieira da Silva, A partida de xadrez

domingo, 24 de novembro de 2013

Os portugueses e a cultura


Só 6% dos inquiridos tem uma actividade cultural frequente, em contraste com os 43% na Suécia e 36% na Dinamarca. Abaixo ficam os gregos (5%).

Ter eleito o Voluntário que está em Belém ou contribuído para a chegada a Chefe do Governo de Passos Coelho já me parecem actos de baixa cultura.
Aquilo que podemos considerar como o nível cultural do Governo é... baixinho.
O Secretário de Estado da Cultura tem tido afirmações anedóticas. Com 5 tostões no bolso e sem que lhe "liguem pevide" no Governo, compromete-se a "trabalhar mais e melhor na defesa de um modelo de desenvolvimento que tenha a Cultura no seu centro".
Ou choramos ou rebolamos a rir...


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A cooperação

«A minha tese é que a maioria dos detentores de cargos públicos electivos (directa ou indirectamente, mediante cooptação ou outra forma de designação tributária, porém de eleição, para servir também o geométrico ministro Gaspar) não conhece o significado e o valor civilizacional - para não acrescentar o pendor marcadamente racional, que não apenas sentimental - da cooperação. E que, com isso, querem um país reduzido a uma disputa infrene entre grupos dissidentes. Da liberdade, da lei, da mera decência. Já lá estamos.»
João Santos, JL, 29 de Maio de 2013


Lisboa no início do século XX


«Regresso à cidade como à liberdade.
Vale a pena sentir para ao menos deixar de sentir.»
Álvaro de Campos




Cadeira em cortiça

Para este tempo mais frio e chuvoso...
Deve ser confortável.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aperta!...

Vendo a manifestação das forças policiais, o encontro patriótico pela Constituição, a posição dos reitores, a pressão (pressãozinha?) da Com. Europeia sobre a situação laboral dos profs. contratados, o desnorte do Governo... é malhar enquanto está quente!




Onde pára o Seguro?
Tristezas!


Era o aniversário das tias

No espaço de 6 dias (21 a 26 de Novembro) festejavam-se os aniversários das minhas tias.

Recordo o "marco" onde íamos à água, mesmo em frente à casa da Tia Teresa.




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

E agora, Nuno?



E ainda está a decorrer a novela dos exames.
Está difícil descer mais baixo.
Ministério da Educação é, cada vez mais, o Ministério das Trapalhadas!


Os cortes na cultura

Ainda a propósito do Orçamento da cultura...


O que é que sobra?


Gerir os seus recursos humanos com os nossos recursos financeiros


Aí é que está o problema - não me parece difícil gerir recursos com o dinheiro dos outros.

Há aquela anedota de dois sócios num negócio: um entrou com o dinheiro e o outro com a experiência; o primeiro saiu com a experiência, o segundo com o dinheiro.

Se eu tivesse filhos já os tinha inscrito na JSD e no JS, um em cada juventude, que isto da alternância...
Seria um bom investimento.


Destaque merecidíssimo



P.S. - Devia ter salientado a "leitura do jogo" e os "pezinhos" de quem lhe fez os passes (e João Moutinho bisou).

P.S. 2 - O difícil é aturar as televisões e os comentadores - a realidade fica suspensa...


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sobreiro e bolotas

Tão bonito!...
Numa ilustração de finais do século XV.




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Olhar ao contrário...

Como diria Manuel António Pina, que hoje faria 70 anos...

«Que bom é pensar em outras coisas
e olhar para as coisas noutra posição.
As coisas sérias que cómicas que são
com o céu para baixo e para cima o chão.»



A Secretaria de Estado da Cultura e um exemplo de boy

D. Pedro IV mandava criar um museu no Porto quando decorria uma guerra civil e o Porto estava cercado.
O actual Governo, que nem ministro da cultura tem - há um pobre Secretário de Estado - atrasa a abertura de um museu - as novas instalações do Museu dos Coches - que bem podiam ser rentabilizadas com o expectável número de visitantes, pois este museu é o mais procurado pelos turistas, tendo uma localização privilegiada na zona de Belém.

É a diferença entre quem tem uma perspectiva de país, uma visão, e quem é "tapado"!

Mas verifica-se agora que a pobre Secretaria de Estado, de orçamento reduzido, tem os cobres necessários para pagar a uns boys!
A fazer fé no que diz a comunicação social, a Secretaria de Estado da Cultura vai cortar 15 milhões de euros em despesas com pessoal. Mas parece que vai manter três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares, três motoristas e... a cereja no topo do bolo, recrutou mais um adjunto que vai ganhar acima de 3 mil euros. Currículo do adjunto, que tem 24 anos: 3 workshops no Centro de Formação de Jornalistas, estágio na Rádio Renascença (8 meses) e consultor de comunicação do PSD (5 meses)!
Um verdadeiro especialista!!! Um boy de sucesso!!!




A narrativa de César das Neves e a história do sapateiro pobre

Ao trabalhar com os meus alunos o conto tradicional do sapateiro pobre - aquele que era um homem bom e feliz quando era pobre e só discute e dá porrada na mulher e nos filhos quando lhe é oferecida uma boa maquia, pelo que devolveu o dinheiro, preferindo ser pobre mas feliz - fez-me ver onde é que o economista César das Neves se inspirou para a sua teoria que "subir o salário mínimo é estragar a vida aos pobres".

É a teoria "Pobretes mas alegretes!"



Nascer do dia

De um lado, a Lua ainda presente

Do outro, o Sol por vir aí


domingo, 17 de novembro de 2013

Os amigos que perdoem a minha indolência

Meu caro Lopes Graça

Perdoe-me a demora com que lhe remeto os seus papéis. Trazia na mala tanta papelada, e toda ela tão baralhada, que a minha indolência tem vindo adiando até hoje o trabalho de remexer aquilo... Bem sei que Você não tem que ter consideração alguma pela minha indolência, nem a mim me cabe o direito de o fazer vítima dela. Enfim... perdoe-me. Estimo que Você passe as suas férias o melhor possível. Eu por cá me vou entretendo com o mar, o rio, o sol, o vento e outras maravilhas da Mãe Natureza.

Até Coimbra, um abraço do José Régio 


O meu estado de indolência dominical leva-me a aproveitar o pedido de desculpas de José Régio e a fazê-lo meu.
Eu não diria melhor.



Pequena elegia chamada domingo


O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.

Hoje os montes e os rios 
e as nuvens 
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas.
Eugénio de Andrade, As mãos e os frutos



O que me alegra os dias

Aprecio muito as propostas de descontos que me chegam diariamente. São assim este género:


Revelam-se sempre de uma grande utilidade!


Pitecantropo da direita


Quando se discutem determinados assuntos na comunicação social, considero que seria muito vantajoso saber à partida, para clarificar os interesses e a coerência das posições, quanto ganham as personagens que têm o direito de se exprimir no espaço público sobre o que os outros ganham.
Quanto ganhará este pitecantropo, para se pôr a dar estes palpites?
Sinceramente, eu nem consegui entender bem o que ele disse - o seu pensamento é muito elevado ou muito rastejante. Inclino-me mais para o rastejante.


Mandela

«Quando as notícias vierem dizer que o Nelson Mandela já não sabe quem é, tenhamos a fortuna de lho dizer e de o dizer a toda a gente e para sempre. Quem não tiver a fotuna de saber acerca do Nelson Mandela anda vazio dos bolsos da alma. Tem muito menos hipóteses de se engrandecer à altura da incrível ocasião de existir. Penso assim, que são homens como ele que apontam o quanto é incrível existir.»
Valter Hugo Mãe 




Ana Sofia


Hoje tens a melhor prenda que poderias desejar


sábado, 16 de novembro de 2013

Museu Nacional de Soares dos Reis

Há 180 anos foi fundado o primeiro museu de arte do país.
Auto-retrato de
João Baptista Ribeiro,
primeiro director do museu
Por incrível que possa parecer, foi na cidade do Porto ocupada pelos liberais e cercada pelos absolutistas. Estava-se em plena guerra civil.
A designação do museu, instalado no Convento de Santo António, era Museu Portuense de Pinturas e Estampas. O objectivo da instituição era recolher os bens confiscados pelos liberais aos conventos abandonados do Porto e a outros extintos, como o mosteiro de S. Martinho de Tibães e o de Santa Cruz de Coimbra.
O nome de Soares dos Reis foi-lhe atribuído em 1911 e a sua passagem para as actuais instalações, no Palácio dos Carrancas, deu-se em 1940.

Flor agreste, escultura de Soares dos Reis

Henrique Pousão, Esperando o sucesso (pormenor)

Henrique Pousão, Casas brancas de Capri


José Saramago

«Não são os políticos os que governam o mundo. Os lugares de poder, além de serem supranacionais, multinacionais, são invisíveis.»
José Saramago, entrevista ao Expresso, 7 de Agosto de 1993

Se fez essa afirmação em 1993, imagino o que não diria agora!...

José Saramago, prémio Nobel da literatura (1998), nasceu a 16 de Novembro de 1922, na aldeia de Azinhaga.



Ninguém é como os outros

A Irlanda era o exemplo para o nosso Governo.
O anterior ministro das Finanças considerava que acompanhar o caminho dos irlandeses era fundamental. E até tinha uma gravata com trevos.
Agora, reconheceu o Ministro Marques Guedes, perdemos a nossa referência. 


Os irlandeses pensarão que a Irlanda não é Portugal, como o Governo de Portugal pensa que Portugal não é a Grécia, como os espanhóis pensarão que a Espanha não á Irlanda, a Itália não é a Espanha, a França não é a Itália... Não sei o que dirão os gregos...
E cada um, por si, faz o que pode. Cada um safa-se o melhor que pode e como pode. Os outros que se amanhem. Mas todos pertencem à chamada Comunidade Europeia. 
A "isto" chama-se comunidade?
Que raio de comunidade!!!


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Junto ao Tejo

... em múltiplas margens.

Seixal - Puxando a D. Amélia

Rio Judeu e Seixal vistos da Torre da Marinha

Ginjal

Cais de Cacilhas

Lisboa vista do Tejo

Tejo no Cais do Sodré

Lua Cheia no Tejo