sexta-feira, 1 de março de 2024

Um disco diferente...

Há 51 anos, os Pink Floyd lançaram The Dark Side Of The Moon... nos Estados Unidos (onde Meedle havia sido um fracasso de vendas e a Capital Records já os tinha dispensado do seu contrato). No Reino Unido, o lançamento ocorreu 23 dias depois.

Gravado no Abbey Road Studios, entre Maio de 1972 e Janeiro de 1973, as sessões utilizaram algumas das técnicas de estúdio mais avançadas da época. As faixas foram recuperando algumas peças já escritas, a que o tempo juntou novas composições, num processo longo de maturação. Antes mesmo de gravadas em disco, as músicas começaram por passar pelos palcos, muitas vezes em formas ainda bem distintas das que acabariam em disco.

«O álbum dos Pink Floyd (...) traduz um momento de transformação tanto na demanda musical como na focagem temática num espaço concreto, definindo um dos maiores paradigmas daquilo a que chamamos um “álbum conceptual”.» (Nuno Galopim)

The Dark Side of the Moon tem uma abordagem temática focada nas fontes de desequilíbrio mental ligadas à vida moderna, impondo-se como uma peça votada a uma audição como um todo (sem interrupções), destacando o caráter conceptual da sua construção temática e formal.



O sucesso foi o suficiente para estar largas centenas de semanas nos tops e vender como pãezinhos quentes, nomeadamente nos EUA. Continua a ser dos discos mais vendidos de sempre. Será um caso feliz de casamento entre qualidade e lucro. Até a Capitol Records procurou retomar o contrato! Ficou pela procura...

Há uma conjunção perfeita da música, das palavras, dos sons e... da icónica imagem da capa (um espectro de prisma num fundo negro), projectada pelo designer gráfico Storm Thorgerson, que iniciou o seu trabalho de criação de projetos gráficos para álbuns musicais com os Pink Floyd, em A Saucerful of Secrets (1968).


The Dark Side of the Moon foi o primeiro disco do Pink Floyd com o qual tive contacto.

Quando mo deram a ouvir pela primeira vez era demasiado novo para o apreciar devidamente. Ouvi uma longa dissertação pelo meu amigo Vítor (mais velho 2 anos), falando-me do fenómeno que era aquela obra. Não fixei o discurso - a não ser que estava ali a sétima maravilha do mundo - mas fixei a capa. 

Mais tarde compreendi e ainda compreendo (sinto)...

Continua a ser uma das obras que oiço em momentos especiais (e em muitos que não o são) - a sequência final a partir de Us and Them é soberba (e traz-me uma tranquilidade imensa)! 


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