Não significa que me esteja a marimbar para o Vivaldi...
terça-feira, 12 de julho de 2022
sábado, 9 de julho de 2022
Vivo e deixo viver
«Pouco sabemos de nós. Nada sabemos dos outros. Por isso, cada vez evito mais ser juiz em causa própria ou alheia. Vivo e deixo viver. Indigno-me ainda com certas acções que pratico ou vejo praticar, mas é uma indignação ao mesmo tempo lúcida e céptica. A experiência acaba sempre por nos ensinar que o ser humano é insondável e que não há actos puros, nem normas morais que os fundamentem. Que, portanto, apenas nos resta aceitarmo-nos como somos e aceitar cada semelhante como ele se aceita a si mesmo. Dando de alma lavada o melhor que pudermos e recebendo sem reservas o que nos puderem dar. Só na reciprocidade do amor a liberdade encontra a sua expressão verdadeira.»
quarta-feira, 6 de julho de 2022
Anda comigo ver os aviões
O prolongamento, "em lume brando", da guerra na Ucrânia, sem a "espectacularidade" de grandes batalhas que atraiam repórteres e promovam a existência de imagens impactantes - para choque já bastam as imagens "vulgares" da guerra -, vai desmobilizando o jornalismo. Já é uma banalidade.
É difícil encontrarmos jornalistas que sejam corredores de fundo, o que resulta do jornalismo da espuma dos dias, o jornalismo de matilha já aqui referido. Às vezes até apetece chamar-lhe "de manada", tal é o nível da "investida".
Já ouvi noticiários em que não houve uma referência à guerra.
Nesses noticiários vão-se somando constrangimentos, mas a quase demitida Ministra da Saúde foi substituída pelo quase-quase demitido Ministro das Infraestruturas e da Habitação. Os constrangimentos do funcionamento de vários serviços de saúde foram superados pelos constrangimentos do funcionamento dos serviços ligados à aviação.
A comunicação social, que esteve perto de se especializar na informação sobre os horários dos serviços de ginecologia e obstetrícia em todo o país, parece estar em condições de o fazer em relação aos horários das partidas e chegadas dos aviões, aos voos atrasados, adiados e cancelados, às horas dos check-in e ao calendário de recuperação das bagagens transviadas.
segunda-feira, 4 de julho de 2022
Funcionamos a gasolina
Segundo um inquérito da DECO, 66% dos portugueses estão dispostos a abdicar de algum conforto, se tal ajudar a lutar contra a guerra na Ucrânia.
À excepção de terem de pagar a gasolina mais cara! (digo eu)
Segundo o mesmo inquérito, 73% dos portugueses consideram que a UE deve manter as sanções à Rússia, mesmo que afecte a economia dos Estados-membros.
Desde que não aumente o preço da gasolina! (digo eu)
Continuando, 81% dos portugueses estão mais conscientes de que é preciso reduzir [o consumo de] os combustíveis fósseis.
À excepção da gasolina! (digo eu)
No referido inquérito, 82% dos portugueses pensam que deveria haver um boicote a produtos ou serviços de empresas russas.
A maior percentagem - 87% - regista-se no acordo de que alguns produtos estão mais caros, sem que tenham ligação com a guerra.
Também penso que sim, incluindo a gasolina (digo eu)!
Queixam-se do quê?
Ou, como dizia a minha avozinha, o barato sai caro.
Será que no futuro as escolas também vão contratar professores tarefeiros (e bem pagos!)?
domingo, 3 de julho de 2022
sábado, 2 de julho de 2022
Fraco ou forte?
Hoje ouvi Luís Montenegro afirmar que António Costa foi fraco na forma como resolveu a trapalhada do(s) aeroporto(s).
A trapalhada foi grande, mas fiquei a pensar que a forma como António Costa a resolveu não demonstra fraqueza, antes o seu contrário.
Se a oposição fosse forte, Costa teria de mostrar que não era mais fraco e demitia o Ministro.
Mas como a oposição é fraca, Costa até pode demonstrar magnanimidade e perdoar o Ministro - até pode parecer fraco.
Responsável pela disciplina...
"Considerado próximo do primeiro-ministro, Boris Johnson" - Diz-me com quem andas...
O Governo parece que sai ao dono Chefe!