quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Primeiro poema de Outono

Mais uma vez é preciso
reaprender o outono -
todos nós regressamos ao teu
inesgotável rosto
Emergem do asfalto aquelas
inacreditáveis crianças
e tudo incorrigivelmente principia
Já na rua se não cruzam 
olhos como armas
Recebe-nos de novo o coração

E sabe deus a minha humana mão

Ruy Belo, Aquele grande rio Eufrates


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