quarta-feira, 9 de setembro de 2020

No tempo em que os jornais ainda eram jornais

«Mas depois há aqueles, como Vicente Jorge Silva, que largam tudo para concretizar o que imaginaram. Que entusiasmam gente e os desviam do seu caminho em nome de uma ideia nova, grande e um pouco louca. Que metem os pés ao caminho para negociar a sua ideia com o mundo real e fazê-la verdade. Que juntam equipas, que as lideram, que têm as dores de cabeça e a pulsação acelerada para que a ideia que poderia não ter passado de sonho esteja nas mãos de toda a gente como realidade.
E depois é preciso mais do que isso. É preciso começar a pensar em nunca acabar depois de se ter nascido. É preciso querer ser mais do que a ideia tornada real, há que querer ser a ideia tornada real dia após dia, todos os dias (menos no Natal e no Ano Novo) ano após ano. É preciso saber fazer nascer, crescer e tornar-se a ideia numa instituição.»
Rui Tavares

Vicente Jorge Silva faleceu ontem
(saudades do Público do seu tempo...)


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