sexta-feira, 21 de junho de 2019

Sanjoaninas recordam D. Afonso VI

S. João não é só no Porto!
A Terceira tem as suas festas Sanjoaninas, as quais começam já hoje e duram, duram, duram... até dia 30, que os terceirenses têm (a fama e) o proveito de serem os ilhéus mais folgazões.

Curioso o cartaz, com a figura do rei D. Afonso VI a contemplar a cidade de Angra (que ainda não era do Heroísmo) a partir da Fortaleza de São João Baptista do Monte Brasil.

Afonso VI viveu "exilado" nessa fortaleza, entre 1669 e 1674, depois de afastado do trono por seu irmão, D. Pedro.
Num clima de intrigas políticas e na sequência de uma eventual tentativa, em Lisboa, para que D. Afonso recuperasse o trono, seria reconduzido ao continente para ficar encerrado no Palácio da Vila de Sintra, onde veio a falecer em 1683. Mais perto, mas mais vigiado.

D. Afonso VI, apesar de afastado do trono, manteve o título de rei - D. Pedro II só usou o título após a morte do irmão - pelo que foi o primeiro rei a pisar terra dos Açores.
E foi há 350 anos que D. Afonso chegou à ilha Terceira, o que é comemorado nas festas Sanjoaninas deste ano. 

Será difícil pensar que Angra foi o "Regalo do Rei",
prisioneiro como ele estava
No cartaz, D. Afonso VI parece muito sereno para quem foi demasiado irreverente.
Será, talvez, efeito dos ares dos Açores!

Ao fundo, na cidade, para além do casario, estão desenhadas as fachadas da Sé, da Igreja do Colégio dos Jesuítas - Palácio dos Capitães Generais e da Igreja do Convento de S. Francisco (Igreja de Nossa Senhora da Guia).
Ao vivo, era assim, em 1997:

Angra do Heroísmo vista do Monte Brasil
Um regalo da gente!

Saudades de Angra!



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