sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Dois presidentes, dois destinos

«Como é público e notório não votei em Marcelo Rebelo de Sousa e fui dos primeiros a colocar dúvidas quanto ao seu estilo excessivamente intervencionista devo, no entanto, admitir que muitas das suas intervenções têm sido extremamente importantes no mundo de cobardes em que vivemos.
Ainda hoje li no jornal Público que Num texto enviado à TSF, para assinalar o Dia Internacional Contra o Fascismo e Antissemitismo, Marcelo usa os verbos "despertar" e "agir" para insistir na mensagem.

"É preciso despertar, também - despertar para os riscos, sempre presentes, dos chauvinismos, das xenofobias, dos racismos, dos chamados populismos, que hoje parecem, tantas vezes, ter substituído o nazismo e o fascismo de há cem anos.
Mas mais do que despertar, é preciso agir - agir enfrentando as crises económicas, as injustiças sociais, as fragilidades dos sistemas de partidos e dos parceiros sociais, a corrupção das pessoas e das instituições, que minam as democracias e fazem florescer os seus inimigos".

Enquanto isso o presidente francês Macron, apesar dos 360 ataques anti-semitas no país desde o início do ano intentou prestar homenagem a Pétain, o presidente da república colaboracionista, que entregou os judeus aos nazis e só foi dissuadido pela forte reacção que despertou. Seguramente, Macron pensara que isso o tiraria dos 20% de apoio que o coloca no caminho de Hollande e a França no de possíveis desgraças.»
Eduardo Paz Ferreira


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