quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A Revolução Bolchevique

Há poucos dias (31 de Outubro) celebraram-se os 500 anos da revolução luterana.
Nunca Lutero terá pensado que, ao pregar na porta da igreja do castelo de Wittenberg as 95 teses contra a venda de indulgências pelo papa, iria dar início a uma transformação que ultrapassou o estrito campo religioso e abalou o mundo ocidental.

Desde então, na esfera política e social, a Francesa e a Russa foram as revoluções que se seguiram e moldaram os dois últimos séculos.

Da Revolução Russa comemoraram-se ontem os 100 anos.
De França permanece o ideal da trindade Liberté, Egalité, Fraternité.
Nos dias de hoje, há quem se interrogue se Outubro chegou (mesmo) ao fim.


«Aparentemente, só era preciso um sinal para os povos se levantarem, substituírem o capitalismo pelo socialismo, e com isso transformarem os sofrimentos sem sentido da guerra mundial em algo mais positivo: as sangrentas dores e convulsões do parto de um novo mundo. A Revolução Russa, ou, mais precisamente, a Revolução Bolchevique de Outubro de 1917, pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se, portanto, um acontecimento tão fundamental para a história deste século quanto a Revolução Francesa de 1789 para o século XIX. Na verdade, não é por acaso que a história do século XX (...) praticamente coincide com o período de vida do Estado nascido da Revolução de Outubro.
(...) A Revolução de Outubro produziu de longe o mais formidável movimento revolucionário organizado na história moderna.»
Eric Hobsbawm, A Era dos Extremos - História breve do século XX 1914 - 1991


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