sábado, 9 de janeiro de 2016

A implosão da política educativa de Crato



O problema é pensar que, mais ano(s) menos ano(s), quando a direita/centro-direita voltar ao Governo, poderá implodir a política educativa actual, num faz-desfaz que não contribui para um funcionamento normal.
Quer dizer... o normal é este faz-desfaz.
Mas já estamos habituados!...

Há muitas e boas razões para rever medidas do anterior ministro (tal como havia para Nuno Crato rever medidas dos governos anteriores do PS).
Mas não pode haver consensos mais alargados e duradouros sobre questões que nem serão ideológicas, como as modalidades de substituição dos professores?  E sobre as metas/programas/conteúdos/descritores/objectivos/competências das diferentes disciplinas nos vários níveis de ensino? E sobre as provas de aferição/provas finais/exames?

A meio de um ano lectivo é a saga de quem faz ou de quem não faz exames ou coisa parecida.
A meio de um ano lectivo, Crato arrasou as "competências" paradigmáticas dos governos de Sócrates. E criou um vazio, pois as "metas" paradigmáticas do Crato não estavam elaboradas. Agora fala-se no muito provável fim das metas. Ainda a meio do ano lectivo? E o que substitui as metas?

Os alunos que agora estão no 6.º ano escapam de realizar provas no 2.º Ciclo.
Em contrapartida, se o Governo cair até ao princípio de 2017 e vier o PSD, os alunos que agora estão no 5.º ano arriscam-se a fazer provas duas vezes no mesmo ciclo.

Seria bom pensarmos O QUE É QUE QUEREMOS DA ESCOLA?
E seria bom avaliarmos o que se vai fazendo e o que se vai conseguindo.

E seria bom os políticos interiorizarem nas suas cabecinhas que os resultados na educação não se coadunam com os ciclos legislativos e governamentais. Estes são curtos...graças a Deus!!!


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