Que o Sol nasça muitas vezes em 2016!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Memórias de Um Átomo...
«Carlos ria, abraçando-o outra vez.
- E donde vens tu, de Celorico?
- Qual Celorico! Da Foz. Mas doente, menino, doente... O fígado, o baço, uma infinidade de vísceras comprometidas. Enfim, doze anos de vinhos e águas-ardentes.»
Não me lembrava que o Ega tinha vindo da Foz!
Valha-nos a televisão...
- E donde vens tu, de Celorico?
- Qual Celorico! Da Foz. Mas doente, menino, doente... O fígado, o baço, uma infinidade de vísceras comprometidas. Enfim, doze anos de vinhos e águas-ardentes.»
Não me lembrava que o Ega tinha vindo da Foz!
Valha-nos a televisão...
Presépios antigos em exposição
(... e não são os de Maria Cavaco Silva)
O Museu Nacional de Arte Antiga inaugurou uma nova sala de exposições, onde podemos ver um conjunto representativo de presépios portugueses (ou figuras de presépios), produzidos entre o século XVI e o início do século XIX.
O percurso começa com fragmentos de figuras do presépio do Convento de Santa Catarina da Carnota (o mais antigo que se conhece/conserva modelado em barro).
No fim, destacam-se os presépios monumentais encomendados por casas religiosas (como o do Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora), pela aristocracia (o dos Marqueses de Belas) ou pela própria família real (como o Presépio Kamenesky, destinado à Real Barraca da Ajuda).
Um dos mais notáveis é o chamado Presépio das Necessidades, do último quartel do século XVIII, com um cenário de cortiça, com vários planos, sobre o qual surgem figuras modeladas em barro policromado.
Podemos ver aqui - um bom blog sobre Lisboa - fotografias pormenorizadas deste presépio.
O Museu Nacional de Arte Antiga inaugurou uma nova sala de exposições, onde podemos ver um conjunto representativo de presépios portugueses (ou figuras de presépios), produzidos entre o século XVI e o início do século XIX.
O percurso começa com fragmentos de figuras do presépio do Convento de Santa Catarina da Carnota (o mais antigo que se conhece/conserva modelado em barro).
No fim, destacam-se os presépios monumentais encomendados por casas religiosas (como o do Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora), pela aristocracia (o dos Marqueses de Belas) ou pela própria família real (como o Presépio Kamenesky, destinado à Real Barraca da Ajuda).
Um dos mais notáveis é o chamado Presépio das Necessidades, do último quartel do século XVIII, com um cenário de cortiça, com vários planos, sobre o qual surgem figuras modeladas em barro policromado.
Podemos ver aqui - um bom blog sobre Lisboa - fotografias pormenorizadas deste presépio.
120 anos de cinema
A primeira sessão de cinema foi promovida a 28 de Dezembro de 1895, nas caves do Grand Café de Paris.
La sortie des usines foi o primeiro de uma série de 10 filme(zinho)s apresentados pelos irmãos Lumière.
Dez filmezinhos para nós, um grande passo para a Humanidade.
La sortie des usines foi o primeiro de uma série de 10 filme(zinho)s apresentados pelos irmãos Lumière.
Dez filmezinhos para nós, um grande passo para a Humanidade.
sábado, 26 de dezembro de 2015
Um tempo novo
É preciso ter fé.
Discurso político em modo bíblico, Novo Testamento.
«E como irá alguém pregar-lhes se não for enviado? Como diz a Escritura: Como é belo ver chegar os que anunciam a boa nova!»
Romanos, 10:15
As Pedras e o Homem
O arquivo da RTP disponibiliza on line um conjunto de 30 documentários sobre património edificado em Portugal, realizados por João Martins, entre 1973 e 1975 - As Pedras e o Homem.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Com os copos
Não é o caso de estar com eles (os copos).
Acho espectacular a música que conseguem fazer com eles (os copos).
A magia do Quebra-Nozes e deles (os copos e os respectivos tocadores).
Acho espectacular a música que conseguem fazer com eles (os copos).
A magia do Quebra-Nozes e deles (os copos e os respectivos tocadores).
Continuação de Boas Festas
A sociedade de consumo é um sintoma
«Quando uma culpa paira sobre a organização da sociedade, e não lhe podemos dar um rosto, declina a atenção e a agressividade toma outro rumo. Torna-se possivelmente tóxica e transforma-se em tempo de consumo.
Portanto, enquanto os supermercados significarem uma espécie de descongestionamento do medo, não vamos consagrar-lhes muitas palavras. A sociedade de consumo não é um problema, é um sintoma.»
Agustina Bessa-Luís, Crónica da Manhã
(texto de 1978)
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Solstício de Inverno
Começo a juntar a fraca
claridade
dos dias demasiado curtos
e a gélida sombra
sobra entre os meus dedos
Mas eu teimo e sigo devagar
agasalhado de frio
ao encontro do sol mais a sul
Capricórnio - afirmam-me
Então as gralhas e os corvos
levantam voo da neve `minha frente
num fragor de gelo quebradiço
Inverno - digo em surdina
Esta é a geada do solstício
sei, sem no entanto entender
a sua respiração sustida
Trópico de Câncer - lembro
enquanto na esfera celeste
o sol num amplo movimento
atinge a sua maior inclinação
durante a noite mais longa
É então que chamo o meu amado
quem sabe perdido por entre
cardos, espinhos e lírios devastados
- "Vem para os meus braços!"
Clamo em vão, a procurar abrigo
na floresta onde fico
à espera entre as árvores
da vitória da luz sobre a escuridade
claridade
dos dias demasiado curtos
e a gélida sombra
sobra entre os meus dedos
Mas eu teimo e sigo devagar
agasalhado de frio
ao encontro do sol mais a sul
Capricórnio - afirmam-me
Então as gralhas e os corvos
levantam voo da neve `minha frente
num fragor de gelo quebradiço
Inverno - digo em surdina
Esta é a geada do solstício
sei, sem no entanto entender
a sua respiração sustida
Trópico de Câncer - lembro
enquanto na esfera celeste
o sol num amplo movimento
atinge a sua maior inclinação
durante a noite mais longa
É então que chamo o meu amado
quem sabe perdido por entre
cardos, espinhos e lírios devastados
- "Vem para os meus braços!"
Clamo em vão, a procurar abrigo
na floresta onde fico
à espera entre as árvores
da vitória da luz sobre a escuridade
Maria Teresa Horta,
22 de Dezembro de 2015
(um poema fresquíssimo!)
Paisagem de Inverno, de Pieter Brueghel |
O nosso destino
Será por isso que a governação neo-liberal nos deixou as facturas do BPN, do BES e do Banif para pagarmos?
O liberalismo foi vencido pela realidade ou a realidade serve o liberalismo?
Ou liberalismo e realidade são a mesma coisa?
O Presidente asséptico, isento de ideologia, limpinho, em estado puro, do pensamento único, porque só há um caminho.
Já Salazar era contra a existência de partidos, pois só dividiam a sociedade. Viva a União Nacional!
Com Passos e Portas não havia alternativa.
Com Sócrates, tudo o que ele fazia era aquilo que nós precisávamos, a acção do Governo ia sempre no sentido certo - era o resultado do destino.
«É todo o Portugal que vai na mesma direcção.
Na hora certa, no momento historicamente pré-determinado, o que era necessário apareceu. Vai-se de discurso em discurso, de prova em prova do valor da política adoptada segundo o bom (e único) sentido da história, e forma-se uma continuidade temporal.»
José Gil, Em busca da identidade
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Troikam-nos as voltas!
Para uma nova edição do Kamasutra
Carlos Costa ao Dinheiro Vivo, 1 de Fevereiro de 2013
Nove meses...
Mais valia a interrupção voluntária da gravidez!
domingo, 20 de dezembro de 2015
Conselho de Estado multivariado
A Assembleia da República elegeu os 5 elementos que devem integrar o Conselho de Estado por sua indigitação.
E aconteceu o que seria improvável até há pouco tempo: esses 5 novos conselheiros representam as 5 principais formações políticas portuguesas.
O que me parece muito bem. Se o Conselho de Estado é um órgão consultivo do Presidente da República, nada como ter uma constituição representativa da diversidade política portuguesa.
E aconteceu o que seria improvável até há pouco tempo: esses 5 novos conselheiros representam as 5 principais formações políticas portuguesas.
O que me parece muito bem. Se o Conselho de Estado é um órgão consultivo do Presidente da República, nada como ter uma constituição representativa da diversidade política portuguesa.
Pormenor: Adriano Moreira já tem 93 anos de idade...
sábado, 19 de dezembro de 2015
A Piaf
Esta voz que sabia fazer-se canalha e rouca,
ou docemente lírica e sentimental,
ou tumultuosamente gritada para as fúrias santas do "Ça ira",
ou apenas recitar meditativa, entoada, dos sonhos perdidos,
dos amores de uma noite que deixam uma memória gloriosa,
e dos que só deixam, anos seguidos, amargura e um vazio ao lado
nas noites desesperadas da carne saudosa que não se conforma
de não ter tido plenamente a carne que a traiu,
esta voz persiste graciosa e sinistra, depois da morte,
como exactamente a vida que os outros continuam vivendo
ante os olhos que se fazem garganta e palavras
para dizerem não do que sempre viram mas do que adivinham
nesta sombra que se estende luminosa por dentro
das multidões solitárias que teimam em resistir
como melodias valsando suburbanas
nas vielas do amor
e do mundo,
Quem tinha assim a morte na sua voz
e na vida. Quem como ela perdeu
toda a alegria e toda a esperança
é que pode cantar com esta ciência
do desespero de ser-se um ser humano
entre os humanos que o são tão pouco.
ou docemente lírica e sentimental,
ou tumultuosamente gritada para as fúrias santas do "Ça ira",
ou apenas recitar meditativa, entoada, dos sonhos perdidos,
dos amores de uma noite que deixam uma memória gloriosa,
e dos que só deixam, anos seguidos, amargura e um vazio ao lado
nas noites desesperadas da carne saudosa que não se conforma
de não ter tido plenamente a carne que a traiu,
esta voz persiste graciosa e sinistra, depois da morte,
como exactamente a vida que os outros continuam vivendo
ante os olhos que se fazem garganta e palavras
para dizerem não do que sempre viram mas do que adivinham
nesta sombra que se estende luminosa por dentro
das multidões solitárias que teimam em resistir
como melodias valsando suburbanas
nas vielas do amor
e do mundo,
Quem tinha assim a morte na sua voz
e na vida. Quem como ela perdeu
toda a alegria e toda a esperança
é que pode cantar com esta ciência
do desespero de ser-se um ser humano
entre os humanos que o são tão pouco.
Jorge de Sena
(poema escrito um ano depois da morte de Edith Piaf)
Edith Piaf nasceu há 100 anos
Alexandre O'Neill
«Ao separar a correspondência, o carteiro encontrou várias cartas dirigidas ao Pai Natal. Como não tinham endereço, ficaram por distribuir. Desejos não endereçados não chegam ao céu!»
Alexandre O'Neill nasceu a 19 de Dezembro de 1924.
Alexandre O'Neill
Alexandre O'Neill nasceu a 19 de Dezembro de 1924.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Gato escondido?
Henrique Monteiro, Expresso on-line, hoje
"Não vejam aqui a crucifixão de ninguém, (...)"
Pois não! Mas os interesses financeiros por detrás dos grupos da comunicação social...
domingo, 13 de dezembro de 2015
Já posso dizer a verdade?
Hoje fui ao lançamento do livro de um amigo dos tempos do Liceu.
Fui com a satisfação de reencontrar vários colegas desses "tempos áureos do D. Pedro V!" (expressão do autor do livro), sobretudo de reencontrar o agora feliz contador de uma história verdadeira de dois gémeos portugueses que, a exemplo do cinematograficamente conhecido Schindler e do cônsul Aristides de Sousa Pereira (tardiamente reconhecido), salvaram centenas ou milhares de pessoas do Holocausto.
Quando recebi o convite do Henrique e li as informações da capa, mesmo sabendo as origens judaicas da família, pensei que fosse uma história ficcionada, um romance que seguisse as linhas dos dois casos acima indicados. E ele foi inventar uns gémeos? Não será um exagero?
Mas a história é verdadeira e familiar. Os dois heróis anónimos (pelo menos, até agora), portugueses, envolveram-se "em perigosas missões clandestinas no olho do furacão nazi".
«Ao longo da vida, os irmãos gémeos Samuel e Joel Sequerra cobriram com um manto de silêncio as suas actividades humanitárias em prol dos refugiados do pesadelo nazi. Os familiares mais próximos lamentam, ainda hoje, não saberem grande coisa sobre essa odisseia que lhes ocupou a maior parte da década de quarenta do século passado. Fez-se o que tinha que ser feito, argumentavam sempre, e ponto final.
Dar aos outros sem querer nada em troca é apanágio dos heróis. E foi isso que os gémeos fizeram enquanto arriscaram as próprias vidas na Catalunha franquista, desafiando os poderes instalados e, muitas vezes, contornando a legalidade para proporcionar uma réstia de esperança aos desesperados que cruzavam os Pirenéus em busca de paz.
Sete décadas passadas sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, é tempo desta história ser reconhecida e aprofundada. Nunca é tarde para retomarmos a estrada do reconhecimento público e cumprir a viagem da memória.»
Fui com a satisfação de reencontrar vários colegas desses "tempos áureos do D. Pedro V!" (expressão do autor do livro), sobretudo de reencontrar o agora feliz contador de uma história verdadeira de dois gémeos portugueses que, a exemplo do cinematograficamente conhecido Schindler e do cônsul Aristides de Sousa Pereira (tardiamente reconhecido), salvaram centenas ou milhares de pessoas do Holocausto.
Quando recebi o convite do Henrique e li as informações da capa, mesmo sabendo as origens judaicas da família, pensei que fosse uma história ficcionada, um romance que seguisse as linhas dos dois casos acima indicados. E ele foi inventar uns gémeos? Não será um exagero?
Mas a história é verdadeira e familiar. Os dois heróis anónimos (pelo menos, até agora), portugueses, envolveram-se "em perigosas missões clandestinas no olho do furacão nazi".
«Ao longo da vida, os irmãos gémeos Samuel e Joel Sequerra cobriram com um manto de silêncio as suas actividades humanitárias em prol dos refugiados do pesadelo nazi. Os familiares mais próximos lamentam, ainda hoje, não saberem grande coisa sobre essa odisseia que lhes ocupou a maior parte da década de quarenta do século passado. Fez-se o que tinha que ser feito, argumentavam sempre, e ponto final.
Dar aos outros sem querer nada em troca é apanágio dos heróis. E foi isso que os gémeos fizeram enquanto arriscaram as próprias vidas na Catalunha franquista, desafiando os poderes instalados e, muitas vezes, contornando a legalidade para proporcionar uma réstia de esperança aos desesperados que cruzavam os Pirenéus em busca de paz.
Sete décadas passadas sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, é tempo desta história ser reconhecida e aprofundada. Nunca é tarde para retomarmos a estrada do reconhecimento público e cumprir a viagem da memória.»
Parabéns, Henrique, pela tua obra.
É bom vermos os amigos concluírem com êxito as aventuras e os trabalhos em que se metem.
A aldeia mais bonita ainda é uma aldeia?
Cá temos a "mais bonita dos Açores".
A Cuada é muito bonita, mas...
É uma bonita aldeia turística. Turística - vazia dos seus habitantes naturais. Já não é uma aldeia na verdadeira acepção.
Como Mosteiro (julgo não estar a trocar o nome), outra aldeia deserta na lindíssima ilha das Flores. E há uns anos estava igualmente prevista a sua transformação em aldeia turística.
Se esta transformação se der, qualquer dia teremos o título: "Mosteiro, a segunda aldeia mais bonita dos Açores".
A Cuada é muito bonita, mas...
É uma bonita aldeia turística. Turística - vazia dos seus habitantes naturais. Já não é uma aldeia na verdadeira acepção.
Como Mosteiro (julgo não estar a trocar o nome), outra aldeia deserta na lindíssima ilha das Flores. E há uns anos estava igualmente prevista a sua transformação em aldeia turística.
Se esta transformação se der, qualquer dia teremos o título: "Mosteiro, a segunda aldeia mais bonita dos Açores".
Mosteiro Peço desculpa se o nome da ex-aldeia não for o correcto Já há quase 10 anos que não vou à ilha das Flores |
Ranking das escolas
Já estava com saudadinhas do Ranking.
As melhores e as piores escolas...
Sempre dá tema para um semana... se, entretanto, não acontecer nada de mais vistoso.
E dá para repisar conclusões e chavões.
A comunicação social gosta muito de classificações. O vulgo também gosta.
A matemática pode ser fraca, mas liga-se muito ao numerozinho. Por isso se batem os recordes do Guiness.
E ultimamente temos tido os 10 locais de férias mais bonitos, os 15 melhores vinhos, o melhor jogador do mundo, as 20 anjos (anjas?) da Victoria's Secret mais bonitas de sempre... A Songlines coloca o último disco de Mariza entre os 10 melhores do Mundo. O Observador classifica-o de "fraquito".
Critérios! Que critérios?
Voltando ao Ranking:
A minha escola melhorou, nos resultados do 6.º ano, 106 lugares a nível nacional, 347 lugares nos resultados do 9.º ano. É bom! Quer dizer, sempre é melhor do que ver a escola piorar na classificação. Mas...
Quem garante que, no próximo ano, continuando os meus colegas a fazer o mesmo trabalho sério, os resultados não possam piorar?
O meu trabalho pouco conta - sou professor de História e Geografia de Portugal no ensino básico e não há exames na disciplina, pelo que posso ser considerado um excluído deste sistema de rankings.
Mas, vejamos: no ano lectivo passado, tinha turmas do 6.º ano em que a maioria dos alunos era responsável, tinha vontade de aprender e estudava. Agora, a maioria dos alunos que tenho no 6.º ano está à espera que os resultados positivos caiam do céu - eu que faça o trabalho por eles! Sou o mesmo professor (só mais velho, mais cansado um ano...), a escola é a mesma e tem havido a preocupação por melhorarmos o nosso trabalho e os resultados dos alunos, o que é decisivo para a avaliação da escola e permite ganhos nas condições de que a escola dispõe para o desenvolvimento do seu trabalho. A filosofia não mudou.
Simplesmente, há variáveis que não consigo controlar. Os resultados não são lineares.
Se eu fosse gerente de uma fábrica e os alunos correspondessem à matéria-prima que trabalhasse, este ano, eu reclamava da sua qualidade! E mudava de fornecedor! (mas os meus colegas do ciclo anterior são os mesmos...)
Como escola pública, os nossos "clientes" são os que nos calham por área de residência. Não há outras condições - não há entrevistas selectivas, não há um crivo financeiro/social/cultural.
Costumo comparar os alunos por anos lectivos à produção vinícola. Há anos de boas colheitas, há anos que nem por isso...
Não me desculpo com o clima, o ciclo lunar, o alinhamento dos astros, a passagem de um cometa...
As variáveis humanas é que são grandes...
Evidentemente que me preocupo com os resultados que a escola apresenta. Rankings, da forma como são apresentados e como são comentados, na maioria dos casos, dispenso-os.
Também só são válidos por uma semana...
As melhores e as piores escolas...
Sempre dá tema para um semana... se, entretanto, não acontecer nada de mais vistoso.
E dá para repisar conclusões e chavões.
A comunicação social gosta muito de classificações. O vulgo também gosta.
A matemática pode ser fraca, mas liga-se muito ao numerozinho. Por isso se batem os recordes do Guiness.
E ultimamente temos tido os 10 locais de férias mais bonitos, os 15 melhores vinhos, o melhor jogador do mundo, as 20 anjos (anjas?) da Victoria's Secret mais bonitas de sempre... A Songlines coloca o último disco de Mariza entre os 10 melhores do Mundo. O Observador classifica-o de "fraquito".
Critérios! Que critérios?
Adoram-se as sondagens! Facilitam uma análise, mesmo que possa ser rasteirinha: há dados (pretensamente) objectivos: estava em primeiro, desceu para terceiro. Subiu três lugares. Ultrapassou. Manteve... (alguma análise política enferma desta visão, ficando pela superficialidade).
Voltando ao Ranking:
A minha escola melhorou, nos resultados do 6.º ano, 106 lugares a nível nacional, 347 lugares nos resultados do 9.º ano. É bom! Quer dizer, sempre é melhor do que ver a escola piorar na classificação. Mas...
Quem garante que, no próximo ano, continuando os meus colegas a fazer o mesmo trabalho sério, os resultados não possam piorar?
O meu trabalho pouco conta - sou professor de História e Geografia de Portugal no ensino básico e não há exames na disciplina, pelo que posso ser considerado um excluído deste sistema de rankings.
Mas, vejamos: no ano lectivo passado, tinha turmas do 6.º ano em que a maioria dos alunos era responsável, tinha vontade de aprender e estudava. Agora, a maioria dos alunos que tenho no 6.º ano está à espera que os resultados positivos caiam do céu - eu que faça o trabalho por eles! Sou o mesmo professor (só mais velho, mais cansado um ano...), a escola é a mesma e tem havido a preocupação por melhorarmos o nosso trabalho e os resultados dos alunos, o que é decisivo para a avaliação da escola e permite ganhos nas condições de que a escola dispõe para o desenvolvimento do seu trabalho. A filosofia não mudou.
Simplesmente, há variáveis que não consigo controlar. Os resultados não são lineares.
Se eu fosse gerente de uma fábrica e os alunos correspondessem à matéria-prima que trabalhasse, este ano, eu reclamava da sua qualidade! E mudava de fornecedor! (mas os meus colegas do ciclo anterior são os mesmos...)
Como escola pública, os nossos "clientes" são os que nos calham por área de residência. Não há outras condições - não há entrevistas selectivas, não há um crivo financeiro/social/cultural.
Costumo comparar os alunos por anos lectivos à produção vinícola. Há anos de boas colheitas, há anos que nem por isso...
Não me desculpo com o clima, o ciclo lunar, o alinhamento dos astros, a passagem de um cometa...
As variáveis humanas é que são grandes...
Evidentemente que me preocupo com os resultados que a escola apresenta. Rankings, da forma como são apresentados e como são comentados, na maioria dos casos, dispenso-os.
Também só são válidos por uma semana...
sábado, 12 de dezembro de 2015
Fazer o que é lógico
Tanto se falou da colecção Miró do BPN e ?...
Rentabilizem-se as obras.
A cultura não é um sorvedouro de dinheiro, a cerejinha no topo do bolo. É um sector que pode e deve ajudar a dinamizar a economia.
Haja acção!
Rentabilizem-se as obras.
A cultura não é um sorvedouro de dinheiro, a cerejinha no topo do bolo. É um sector que pode e deve ajudar a dinamizar a economia.
Haja acção!
Acordo histórico de aplicação duvidosa
Não contesto os cientistas que vêem na acção humana desregrada uma causa do aquecimento global (como o faria?). Mas... será a causa determinante?
Ciclicamente, nos períodos interglaciais, em resultado da variação das radiações solares, verificam-se alterações climáticas, com um aquecimento natural. A acção humana poderá ajudar.
Não sou simpatizante do CO2 ou do metano e penso que será necessário encontrar o caminho de uma vivência ecologicamente sustentável.
Quando é o dinheiro que está em causa... ui, ui!
É ver o que passou recentemente no rio Doce, no Brasil, a qualidade do ar que se respira em cidades como Pequim, a história da Volkswagen com a manipulação dos dados das emissões de gases poluentes... Palavras...
É melhor falarem com o aquecimento global...
... para ele saber!
Tanta contenção!...
Tanta contenção!...
diz quem sabe que o calor vai aumentar
diz quem pode que os impostos vão subir
e a gente a duvidar
se foi isto que Deus quis
(...)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Os extremos da Tiazinha e o tonton do emigrante
Espero que não tenha motivos para festejar!
«No domingo vêm cá festejar a vitória. Todos os quadros do partido, as grandes personalidades, como Gilbert Collard, Florian Philippot, Marine [Le Pen], Marion [Maréchal-Le Pen]", avançou Manuel Domingos, o proprietário do estabelecimento que, na quarta-feira, recebeu um telefonema a fazer a reserva.
(...)
As mesas já estão preparadas para o jantar de domingo, com 15 lugares distribuídos, e a pequena sala está decorada com fotografias emolduradas e autografadas pelos líderes do FN em que Manuel Domingos aparece ao lado de Marine Le Pen e do pai, Jean-Marine Le Pen, fundador do partido: "Pour mon tonton préféré" ("Para o meu tio preferido") é o autógrafo deixado por Marine Le Pen.
"[Marine] é grande, mulher prezada, inteligente e compreensiva, muito simples, muito abordável", descreve o emigrante português, adiantando que "é muito amiga dos portugueses".
(...)» JN de hoje
Fica bem, a um velho emigrante.
Livrarte - A Livraria Ulmeiro faz 46 anos
«A Ulmeiro, também conhecida como livraria do gato à porta.
Um extraordinário espaço, com um acervo de milhares e milhares de livros, onde somos acolhidos como em casa fosse, pela Lúcia e pelo Zé. Num período complicado como este, cabe-nos ajudar a divulgar esta caverna de ali babá, criada em 1969 e que de nós depende para continuar aberta. Se a Ulmeiro é a livraria carismática de Benfica, que formou já gerações de pessoas que amam os livros e a leitura, é um espaço de referência lisboeta que urge preservar. Assim como está, numa deliciosa desordem, envolvida pelo calor humano e felino. Assim mesmo.»
Com a devida vénia à Rua dos Dias que Voam (de que aproveitei o texto acima e as três primeiras fotos, de Novembro de 2013).
A Ulmeiro era uma editora "revolucionária" - num regime cinzento... - com a publicação de obras de carácter político e interventivo.
Na livraria, com r/c e cave (como convém aos alfarrabistas!), encontravam-se intelectuais, como o Prof. Agostinho da Silva, Carlos Paredes, José Afonso e Mário Viegas, que participaram em sessões culturais que se multiplicaram depois do 25 de Abril.
Em 1978 separou-se da editora e adoptou o nome de Livrarte. No final da década de 1980 virou-se para o negócio dos livros e objectos antigos.
Podemos continuar a frequentar (com tempo!) a livraria - Av. do Uruguai, n.º 13-A - e podemos, até, encontrá-la adaptada aos tempos, no facebook, onde faz, regularmente, leilões de livros.
Uma longa vida para a D. Lúcia e o Sr. José Ribeiro, para a Livrarte e... para o gato, que ainda lá anda.
"Uncle Sam" vs Trump
A sessão fotográfica de Donald Trump para a Time não foi pacífica.
O símbolo americano também já deve estar farto dos soundbites do candidato...
O homem que quer bloquear por completo a entrada de muçulmanos nos EUA, fazendo-lhes múltiplas acusações, é o mesmo que tem interesses milionários na Turquia, na Indonésia, no Azerbeijão e nos Emirados Árabes Unidos, em negócios imobiliários, campos de golfe, empreendimentos turísticos, etc.
Do dinheiro não se conhece a cor ou o credo...
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
José Rodrigues Miguéis - 114 anos
José Rodrigues Miguéis nasceu há 114 anos.
Ter encontrado esta imagem hoje, fez-me lembrar a atribulada viagem do Artur em Uma viagem na nossa terra (Léah e outras histórias).
«De vez em quando, um de nós curvava-se por cima do ombro do Fonseca para ler o conta-quilómetros, e bradava: "Ena, rapazes! Vamos quase a oitenta!" Todas as cabeças se precipitavam tumultuosamente para o tablier, e outros gritos explodiam nas gargantas enrouquecidas: "Bravo! Seu teso! Que volante! E que carro! Em segunda mão! Imaginem se fosse novo!", etc. E o Fonseca, de cabeça à banda, sem se voltar, sorria lisonjeado.»
Ter encontrado esta imagem hoje, fez-me lembrar a atribulada viagem do Artur em Uma viagem na nossa terra (Léah e outras histórias).
«De vez em quando, um de nós curvava-se por cima do ombro do Fonseca para ler o conta-quilómetros, e bradava: "Ena, rapazes! Vamos quase a oitenta!" Todas as cabeças se precipitavam tumultuosamente para o tablier, e outros gritos explodiam nas gargantas enrouquecidas: "Bravo! Seu teso! Que volante! E que carro! Em segunda mão! Imaginem se fosse novo!", etc. E o Fonseca, de cabeça à banda, sem se voltar, sorria lisonjeado.»
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
21st Century Schizoid Man...
Aos 19 segundos do anúncio percebe-se... 21st Century Schizoid Man.
Os King Crimson do primeiro LP, primeira e emblemática faixa, 1969, samplados (por Kayne West?).
A versão do disco...
(versão bera - a "verdadeira" foi "cortada" no YouTube)
Os King Crimson do primeiro LP, primeira e emblemática faixa, 1969, samplados (por Kayne West?).
Os King Crimson em Hyde Park, 1969, fazendo a primeira parte do concerto dos Rolling Stones. Em destaque, o baixista e vocalista do grupo, Greg Lake (futuro Emerson, Lake & Palmer).
Não chega a 2 minutos de um vídeo representativo do ambiente rock da época.
A versão do disco...
(versão bera - a "verdadeira" foi "cortada" no YouTube)
A seguir, uma versão pela Orchestra of Crafty Guitarists (fundada por Robert Fripp), numa apresentação em 2012.
O bom é a partir dos 3:43...
Documentários envenenados?
A língua portuguesa é muito traiçoeira!
(ou a necessidade de ter mais atenção à redacção dos títulos)
Os 150 anos de Sibelius
Dia da Mãe
Dia da Imaculada Concepção, data em que se celebrava, com toda a lógica, o Dia da Mãe.
Nossa Senhora da Conceição
Imagem do altar-mor da
Igreja da Conceição-a-Velha
(Lisboa)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Quem diz que é pela rainha...
Quem diz que é pela rainha
Nem precisa de mais nada
Embora seja ladrão
Pode roubar à vontade
Todos lhe apertam a mão
É homem de sociedade
domingo, 6 de dezembro de 2015
Nikolaus Harnoncourt
Glückwünsche (será assim?), Nikolaus Harnoncourt.
Parabéns pelo 86.º aniversário.
Foi um dos maestros com quem fui entrando na música clássica.
Parabéns pelo 86.º aniversário.
Foi um dos maestros com quem fui entrando na música clássica.
A Poça do Simão Dias - um submarino encalhado na pedra
Não sei quem foi o Simão Dias, mas a sua poça deve ser a mais bonita de todas.
A Poça do Simão Dias - Fajá do Ouvidor (ilha de S. Jorge) (Fotografia de Rui Vieira: www.rui-vieira.com) |
«A Poça do Simão Dias é uma espantosa enseada, com os montões de lava a erguerem muros a uma piscina natural. Tem-se a sensação de que tudo se desmoronou, e de que as rochas se fragmentaram no mar, perante a verde e impassível muralha da ilha. No meio deste lago de águas tranquilas, emerge um submarino rochoso, com a ponte de vigia ao centro e o dorso meio submerso. Um submarino encalhado na pedra.»
João de Melo, Açores - o segredo das ilhas