sexta-feira, 11 de setembro de 2015

História do coelho pardinho que ficou sem rabo

Há quem goste do foguetório.
O nível da discussão política e da sua compreensão fica, muitas vezes, pelo saber, alegadamente, quem ganhou e quem perdeu. As sondagens sobre os putativos vencedores e vencidos reforça essa visão simplória - a preocupação em realizar a sondagem já é, em si, reveladora. A ciência dos números não engana, é como a prova do algodão. Parece um confronto desportivo - um qualquer jogo com bola em que se marcam golos ou uma modalidade de luta, com possível KO ou vitória aos pontos.

Com tanta publicidade ao "debate histórico"... não o quis ver! É a minha reacção à saloiice pacóvia dos anúncios feitos por 3 estações de televisão. Pouco faltou para anunciar Passos Coelho e António Costa como se anunciam os pugilistas, pelo menos nos filmes. Esse tipo de publicidade, para mim, funciona como repelente. E não gosto de grandes ajuntamentos (nem aprecio, especialmente, qualquer dos 3 entrevistadores)!

Ouvi e li alguns comentários - não há como fugir (é mentira, sempre podia não ligar a televisão nem a rádio, nem a net, não ler os jornais, fugir de alguns amigos...) e também não o pretendi fazer. Sempre há alguns comentadores que gosto de ouvir, independentemente da sua posição ideológica - ninguém é neutro.

Do que ouvi ou li, parece que não perdi muito. Também não é surpresa! Ao que diz a maioria dos analistas/comentadores/politólogos/simples curiosos, nessa lógica de vencedor/vencido, Costa "venceu" Coelho.
Lembrei-me deste livro de Aquilino Ribeiro:



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