segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SG Gigante

Recordo-me de o ter ouvido pela primeira vez, ainda antes do 25 de Abril, num programa de rádio, e fiquei surpreendido pela letra da canção - Eh! Meu irmão (ou mais uma canção de medo). Quem é que cantava "Eh, meu irmão, que é que tens / que tremes como um chouriço"?
Eu ainda era muito "verdinho" para entender "(...) que o povo estava na rua / e que a rua era do povo / que é p'ra quem ela foi feita / e o povo somos nós todos".
O censor da rádio, naquele dia, devia estar de folga!

O 25 de Abril deu a possibilidade de o ouvirmos sem limitações. No próprio dia, aquele em que o povo esteve na rua e descobriu que a rua era sua, quantas vezes ele anunciou "que a liberdade está a passar por aqui"!...


Parabéns ao Sérgio Godinho pelo 70.º aniversário.
Que possa manter a jovialidade e a criatividade por bons anos... e a sua música continue a passar por aqui.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Uns que se separam, outros que se juntam

Os putos cantaram umas coisas, enriqueceram e cada um vai na sua direction, partindo corações às teenagers inconcientes.


Os velhotes - mais barrigudos, com menos cabelo ou com cabelo branco - não devem estar ricos, ajuntam-se outra vez e fazem as delícias dos "cotas" de 50 e tais anos.


Eu vou pelos que se juntam (que os outros só conheço de nome)!
Fica-se a saber porquê... Memórias!




Cactos trepadores

Os vizinhos de cima que se cuidem!...



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mas que bem!...


Hummmm!!!...
Andamos tão cor de rosa cor de laranja na educação...

Quando a esmola é grande, o pobre desconfia.

Seria bom que as escolas mais necessitadas fossem as mais beneficiadas. Os critérios favorecem... as mais favorecidas.


Um Baco liberal?


Ex-Campo de Santo Ovídio, ex-Praça da Regeneração, actual Praça da República, na cidade do Porto.

Da revolução liberal de 1820 não vi notícia na praça e foi ali que a acção começou, na madrugada de 24 de Agosto.
A República lá tem uma estátua. E destaca-se um Baco...


Por mar, por terra...


Que Europa os recebe?
Que boas vindas lhes podem ser dadas?
Que mundos e muros construímos?


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

600 anos da conquista de Ceuta (e pormenores da História)

«O Infante D. Pedro capitaneava a principal armada - a dos grandes vasos de transporte de tropas e guerra; Antoine de La Salle, que ia numa das naus desta capitania, di-lo "nosso chefe de vanguarda". Para o desembarque, à hora da prima, serviram-se de barcos mais pequenos e de menor calado - galeotas, bergantins, etc. Desembarcaram na praia do monte de Almina. Quando D. João I recebe a informação de que está aberto o caminho, ordena a D. Pedro o desembarque; aqui o seu corpo de exército defronta o grosso das fôrças mouras, comandadas pelo chefe Zemit, que derrota, perseguindo-o até às portas da cidade, combatendo até à hora da véspera, e por último toma o castelo. O Rei dirigira pessoalmente o assalto final.»
Vitorino Magalhães Godinho, A Expansão Quatrocentista Portuguesa

Diz-se que passam hoje 600 anos sobre a conquista de Ceuta aos mouros.
A data (mais rigorosamente) certa será 3 de Setembro, de acordo com o calendário Gregoriano (em vigor desde 1582), que substituiu o calendário Juliano usado em 1415. Pelos acertos...

Dos infantes...
O Infante D. Henrique lá ia, comandando o conjunto de fustas, barchas e outras embarcações que não as naus (a armada principal, a cargo de seu irmão, o infante D. Pedro). Mas em várias representações é a figura do Infante D. Henrique, levada em ombros por oficiais historiografias (como a do Estado Novo) que se destaca. O príncipe das sete partidas parece "esquecido".
E que dizer de D. Duarte, que deveria ter ficado a governar o reino, mas que lá foi também?
Não quis perder a oportunidade de "ficar na História"!

Azulejos da autoria de Jorge Colaço destacando Henrique, o Navegador, 
na conquista de Ceuta
Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães, Esposende


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Velhas histórias...




A questão parece-me ser exactamente essa: não é tempo de discutir as eleições presidenciais. 

E o que se passa no PS relativamente às presidenciais deixa-me a preocupação de ver o principal partido da oposição - e que é objectivamente a única alternativa à actual maioria (sozinho ou acompanhado) - como um "saco de gatos", em que se alinham velhas cliques ou claques do poder, com todos os seus tentáculos e vícios. 
Repetições de velhas histórias (que não as das candidaturas presidenciais)...


No entardecer dos dias de Verão

No entardecer dos dias de Verão, às vezes, 
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece 
Que passa, um momento, uma leve brisa... 
Mas as árvores permanecem imóveis 
Em todas as folhas das suas folhas 
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão, 
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem! 
Fôssemos nós como devíamos ser 
E não haveria em nós necessidade de ilusão ... 
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida 
E nem repararmos para que há sentidos...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo 
Porque a imperfeição é uma cousa, 
E haver gente que erra é original, 
E haver gente doente torna o Mundo engraçado. 
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos, 
E deve haver muita cousa 
Para termos muito que ver e ouvir...


Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Já cita Garrett, carago!!!

Ainda não há um mês que Casillas está no Porto (clube) e que Sara Carbonero está no Porto (cidade), mas a "contratação" da namorada jornalista parece augurar qualquer coisa de positivo.
A cidade do Porto já merece a sua atenção, destacando os seus mistérios e encantos.
A palavra saudade já entrou no seu léxico e, a propósito, citou Almeida Garrett.
«Saudade é o delicioso pungir de acerbo espinho.»

Não é um português simples!
Qualquer dia está a ler Camilo...

São precisas mais contratações como a de Casillas.
Não sei se o futebol o fará, mas o turismo e a cultura agradecem.



Fotos do blog de Sara Carbonero
A Foz, claro!...


O Sol caiu

«Senti um formigueiro percorrer-me o corpo e a boca secar. Naquele instante pensei: "O Sol caiu."»
Descrição de um sobrevivente de Hiroshima que, à data, tinha 9 anos e se encontrava na escola.



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Lisboa a crescer (puzzle já está feito)

E ao 3.º dia Lisboa... já está!

Ao fim do 1.º dia

Ao fim do 2.º dia

Acreditem que hoje ficou completo.

Planta da cidade de Lisboa em 1833, não sei se desenhada debaixo do poder absolutista de D. Miguel ou se sob o poder liberal de D. Pedro IV (ou seja, após o dia 24 de Julho de 1833).


Ana Hatherly

SEM AMOR


Viver sem amor
É como não ter para onde ir
Em nenhum lugar
Encontrar casa ou mundo


É contemplar o não-acontecer
O lugar onde tudo já não é
Onde tudo se transforma
No recinto
De onde tudo se mudou

Sem amor andamos errantes
De nós mesmos desconhecidos

Descobrimos que nunca se tem ninguém
Além de nós próprios
E nem isso se tem

Ana Hatherly 
(Ana Maria de Lourdes Rocha Alves, 
Porto, 8 de Maio de 1929 - Lisboa, 5 de Agosto de 2015)


«O poeta é um pintor do mundo invisível»
(A.H.)


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

As mentiras que nos contam


Mentira!!!
Estamos todos bem. A austeridade até já acabou!


domingo, 2 de agosto de 2015

Não perdi pitada...



Os pobres vivem (virtualmente) o espalhafato dos ricos. Assim partilham as suas vidas.
Fica a acção benemérita das doações.